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MUNDO BOTONISTA

Por Sérgio Travassos (11/04/2024)

Bola, bolinha, bolão

Uma vez, há muito tempo, li uma frase. Não consigo recordar e nem paciência tenho para sair a pesquisar no pai dos burros moderno: o Google. A fase dizia, mais ou menos, isso: “quer ver uma criança feliz, dê-lhe uma bola”. Todos nós sabemos muito bem o que significa essa frase. E como significa. A bola, esférica, criava sinapses impressionantes. Com o tempo, comecei a conhecer outros jogos e outros tipos de bolas. A bola oval do futebol estadunidense. A bola do hóquei no gelo. A nossa bola da 1toque que parece um disco voador. A bolinha quadrada do Dadinho 9x3. E nos mais diversos materiais para vários fins diferentes. Com o tempo, comecei a conhecer outros jogos e outros tipos de bolas.

Era eu um deus a criar um cenário incrível e que povoa a minha mente até esse momento em que escrevo à meia-luz. Atletas perfilados, a bola (aquela pastilha preta dos botões Gulliver ou Canindé), o estádio sempre lotado e multicolorido. Foguetório, bandeiras, canções, charanga. E a bola não deslizava. Ela, sim, naquela criação infantil, quase um sonho, rolava. E como rolava aquela bolinha. Dribles, linha de passe, cabeçadas, toquinhos de classe por sobre o goleiro a explodir na trave. Ou o petardo na gaveta. Quanta ilusão. Quanta alegria. Quantas lembranças.A bola, tão amada a ponto de haver várias músicas e poesias escritas em sua homenagem, faz parte da nossa vida, ame ou deteste esse ou outro desporto. Ela está lá. Onipresente. Creio, até que ela é onisciente. Ela sabe que nos deixa feliz e nos serve com dedicação, ontem, hoje e sempre.

Nesse momento, estamos prestes a receber as famosas bolinhas padronizadas para a nossa regra, aprovadas pela nossa confederação. Ainda não tive a oportunidade de ser apresentado a ela. Não sei se ela vem com vestido branco, amarelo, azul. Mas não importa. Sei que vem bela. Será, tal qual uma bela mulher? Bela, forte e imprevisível? Ô que ansiedade para a conhecê-la. O que sei é que ela já será a estrela das mesas nas copas regionais nesse mês. Tal qual uma bela moça a chegar para o baile, estou com o coração palpitante aqui, para conhecê-la. Quero admirá-la, paquerá-la, segurá-la, e desejo convidá-la a dançar comigo no salão. Deslizar pelo tablado, tal qual uma bailarina. Quero demonstrar o amor e o respeito que tive por todas as tantas bolas passadas. E espero, ela venha a gostar de mim para vivermos momentos sublimes, felizes e inesquecíveis. Que venha esse minúsculo disquinho voador, a nossa bola, bolinha, bolão.

Sergio Travassos é diretor do Santa Cruz F.C. há doze anos, jornalista com outras duas formações, Educação Física e Marketing, que atua há muito tempo em prol do desporto pernambucano. Tendo passagens pela Federação Pernambucana e CBFM. Sendo uma das figuras que mais defende o jogo de futebol de mesa, independente da regra de atuação, bem como que as competições sejam feitas em locais públicos, visando atrair mais visibilidade para o futmesa.

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travassos@mundobotonista.com.br
(081) 97100-2825

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