Painel do Mundo
Por Carlos Cláudio Castro (29/01/2025)
Em reuniões do Comitê de Regras 12 Toques, durante o ano de 2024 e início de 2025, foram decididas pequenas adequações, sem, no entanto, qualquer mudança estrutural propriamente dita. Também, buscou-se um melhoramento da escrita, na tentativa de tornar o texto mais claro, o que tem sido um trabalho permanente do Comitê.
Vamos ao que interessa:
1. Aquele enrosco da palheta, com pequeno movimento do botão, antes do toque ou chute, vai valer, mas aí, não se pode tirar a palheta do botão, pois se caracterizaria como “furada”. Após colocar a palheta sobre o botão, sem que ele se mova, ela pode ser retirada e ser usada para dar continuidade à jogada com o mesmo botão ou outro.
2. O chute com o corpo colocado à frente da trave e a bola voltando, batendo no botonista executor, será tiro livre indireto para o adversário. Mas, atenção, caso se trate do último lance de uma fase de jogo, será considerado gol contra.
3. Ao acionar um botão e ele bater em outro botão ou goleiro, ambos do mesmo time, e tocar a bola é reversão e não furada (como estava escrito antes), com o botonista adversário recuperando os toques coletivos e individuais dos botões. Caso tal adversário não atinja a bola a seguir, o botonista que provocou a reversão continua com suas contagens de onde parou.
4. O goleiro não precisa manter distância de qualquer botão, após ser acionado, em qualquer ocasião em que tal acionamento seja permitido. A distância de 8 cm para os botões só precisa ser mantida na arrumação geral, em saídas com bola ao centro.
5. O goleiro pode ser substituído, também, no intervalo de jogo, mesmo sem sofrer dano. Antes, só podia no caso de quebra ou defeito, em qualquer momento do jogo.
Os itens 1 e 2 objetivam eliminar situações dúbias e que geravam atitudes interpretativas ou até constrangedoras para marcações, durante as partidas. Isso acabava trazendo uma falta de padronização e situações conflituosas entre os botonistas, algo complicado para um esporte que não conta, na maioria esmagadora das vezes, com árbitros.
O item 3 resolve uma questão conceitual. Ao se eliminar o termo “Furada” da situação descrita, fica claro que a nova posse de bola adquirida pelo jogador beneficiado permite a ele a execução de sua jogada com reinício das contagens, coletiva e individuais dos botões, de toques.
Os itens 4 e 5 referem-se ao goleiro. O quarto dá a ele uma possibilidade de aumentar sua capacidade de bloqueio, de defesa, algo difícil na Regra 12 Toques. O quinto traz um pouco mais de coerência, no sentido de semelhança, para um jogo com origens e baseado no Futebol.
É um imenso prazer estar de volta a este espaço de discussões tão empolgante e valioso! Sempre aguardando vossas opiniões, sugestões e novos questionamentos, nos comentários, que tratamos com atenção e respeito.
Grande abraço e até a próxima!
O cearense Carlos Cláudio Alencar de Castro é médico neonatologista, adepto do lema “a arte torna a vida suportável” e fanático torcedor do "Vozão" (Ceará Sporting Club), do qual é membro efetivo do conselho deliberativo. Carlos é um estudioso do Futebol de Mesa, ex-membro do Comitê Gestor das Regras 12 Toques da CBFM e responsável direto por levar a modalidade 12 toques para o estado do Ceará.
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