Bem, amigos do Mundo Botonista, hoje continuaremos a abordar a versatilidade do botonista brasileiro e sua facilidade em se adaptar às diversas modalidades de nosso esporte.
No capítulo I, mostramos como o Brasil é hegemônico na América do Sul, não só na modalidade brasileira reconhecida internacionalmente, a saber, 12 Toques, bem como nas demais modalidades reconhecidas pela CSAFM, a saber, Fútbol Chapas, Sectorball e Subbuteo.
O Brasil, tem 100% de aproveitamento na 12 Toques, vencendo todas as disputas individuais, por equipes e por seleções em âmbito mundial. Já nas demais modalidades, diferentemente do domínio apresentado na América do Sul, falta muito para o Brasil conseguir chegar ao topo mundial?
No Subbuteo o Brasil esteve presente em 4 (quatro) mundiais. Em apenas uma edição (2014-Bélgica) esteve na disputa entre seleções e acabou sendo eliminado ainda na primeira fase com derrotas para Inglaterra, Grécia e Portugal. Individualmente, esteve presente nos mundiais de 2009 na Holanda, 2014 na Bélgica, 2015 na Itália e em 2017 na França e nenhum de seus atletas conseguiu avançar de fase.
Na disputa entre seleções, vale ressaltar ainda a participação do Brasil em um torneio na Hungria, que contou ainda com a seleção anfitriã e a Áustria, terminando sua participação em terceiro. Entre clubes, Vasco e Palmeiras disputaram em 2018 a Taça Atlântico em Lisboa e também não conseguiram triunfos sobre as equipes da Europa.
Recentemente, a modalidade tem voltado a crescer no Brasil, com o fortalecimento em São Paulo e o aparecimento de novos clubes participantes no Nordeste. O intercâmbio com os europeus é o caminho para alcançar melhores resultados, os atletas brasileiros precisam marcar presença de forma mais efetiva nos mundiais. Existe um movimento nos bastidores para um comparecimento expressivo de atletas no próximo mundial, em Roma, que se juntariam aos atletas brasileiros residindo no exterior, casos de Fred na Alemanha e Marcelo Lages em Portugal, para que o Brasil possa melhorar seu desempenho mundial.
CONCLUSÃO 1: No Subbuteo ainda estamos muito distantes de conseguirmos resultados expressivos mundialmente.
Se no Subbuteo ainda estamos muito distantes, no SECTORBALL podemos dizer que algumas vezes chegamos a sentir o “cheirinho do título”. Na disputa entre seleções o Brasil ficou com o vice-campeonato no Mundial de 2012 no Rio de Janeiro, perdendo apenas para a Hungria naquele Mundial. A dupla brasileira formada por Igor & Marcelo Lages foi 3ª colocada, perdendo a vaga na final para a dupla que viria a se sagrar campeã mundial. Na disputa de terceiro lugar, um triunfo histórico sobre a dupla da Sérvia.
Individualmente, Marcelo Lages já esteve nas quartas de final no mundial da Hungria em 2009, sendo eliminado na disputa de “shot outs” após empate no tempo normal, ou seja, esteve a 3 (três) passos do título mundial. Em 2012 Marcelo Lages venceu o Mundialito, uma espécie de série PRATA do Mundial, mas o título ganhou maior relevância, pois a final foi contra uma atleta de renome na Romênia.
Em termos de clubes, vale citar a final do Mundial Interclubes de 2016 no Rio de Janeiro, quando o Vasco levou a partida empatada até a metade do jogo contra a hegemônica equipe do Testvérség, Tri-campeã mundial e tantas vezes campeã europeia.
CONCLUSÃO 2: No Sectorball, se o Brasil continuar crescendo e aumentando sua competitividade, hoje já somos mais de 70 atletas praticando a modalidade, podemos sonhar com um título de expressão mundial em um futuro não muito distante.
Para finalizar vamos falar do FÚTBOL CHAPAS. Nessa modalidade ainda não tivemos a oportunidade de medir forças com as equipes do velho continente. A modalidade é muito forte na Espanha e em Portugal e vem ganhando força nos bastidores a inclusão da modalidade no Mundial de 2022 a ser realizado na Argentina. Será que temos chance se chegar ao título? Esse questionamento por hora vai ficar sem resposta.
CONCLUSÃO 3: No Fútbol Chapas, o duelo com nações de fora da América do Sul ainda é um oceano desconhecido, podemos naufragar, como podemos também triunfar, mas isso só o tempo irá nos dizer.
Então amigos, em qual modalidade vocês acreditam que o Brasil possa triunfar e conquistar um título mundial, seja individualmente, interclubes ou seleções?
Saudações e até a próxima semana!