Painel do Mundo

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MUNDO BOTONISTA
Por Márcio Bariviera (14/06/2020)

Dia dos namorados.

Dia dos Namorados e imediatamente o Antônio, o Tom, voltou no tempo para relembrar de como começou sua história de amor com a Cláudia, sua esposa.
 
A Cláudia era muito amiga de sua irmã, Luana. Eram melhores amigas uma da outra para ser mais preciso. Entretanto, em contrapartida, ela e Tom não se topavam. Quando um pensava em ir para a direita, o outro já estava de malas prontas para a esquerda.
 
A Cláudia gostava de futebol e era apaixonada pelo ABC, de Natal. Segundo ela mesma dizia, o sonho de ser professora de Português talvez tenha instigado tal paixão. Morava no sul do país, mas torcia para um time do nordeste por causa de seu amor pela língua portuguesa. Vai entender...
 
A dura relação entre Cláudia e Tom foi amolecendo, acredite você!, graças ao futebol de botão. Ela era curiosa para tudo e sempre que ia na casa de Tom para brincar com a Luana, ficava observando-o jogando botão no Estrelão e ria ao vê-lo narrando, comentando e fazendo reportagens de Figueirense e Criciúma, Joinville e Avaí, entre outros jogos.
 
No início o Tom ficava furioso com as debochadas da Cláudia, mas depois resolveu virar o jogo e narrar ainda mais alto para tentar irritá-la. O problema é que ele conseguia irritar sua mãe e sua irmã, mas nunca a Cláudia.
 
Até que um dia a Cláudia pediu se poderia jogar com ele. Tom pensou em dizer que não, onde já se viu!, mas mudou rapidamente de ideia ao imaginar que aplicaria uma goleada e todos os deboches anteriores seriam sobrepostos por sua vitória esmagadora. Sendo assim, aceitou.
 
Quando jogaram, deu a lógica. Tom venceu com uma goleada de 12 a 0. “Um gol para cada deboche”, pensou. E, quando foi tripudiar de sua desafeta, ela o surpreendeu com um forte abraço, parabenizando-o. A partir dali tudo mudou.
 
A amizade entre eles foi se fortalecendo. Cresceram e a Cláudia se apaixonou não só pelo Tom, mas pelo futebol de botão. E ele, já apaixonado pelo esporte, incluiu um bom espaço em seu coração para ela. Começaram a namorar e seguiram jogando, mês após mês, ano após ano.
 
Teve um Dia dos Namorados que combinaram um amistoso antes do jantar romântico. Aposta simples: quem ganhasse entregaria o presente por primeiro. Tom perdeu de propósito, recebeu o seu, uma bonita camisa, e depois entregou a ela uma aliança de noivado (o dia seguinte seria o de Santo Antônio, o santo casamenteiro). Aliás, seu nome foi escolhido em homenagem a ele, pois sua mãe era devota. Cláudia, emocionada, aceitou na hora.
 
Casaram e o fruto do amor gerou dois filhos (ou dois futuros botonistas, como queiram). Tom lembra até hoje que pensou em sugerir ao padre, na época, para que dissesse “o que o futebol de botão uniu, ninguém poderá separar”, mas achou que soaria estranho. Que figura, o Tom...

O gaúcho de Rodeio Bonito, Marcio Bariviera é gerente administrativo do União Frederiquense, clube que disputa a Série A2 do Gauchão, além de assinar uma coluna semanal no jornal O Alto Uruguai, de Frederico Westphalen-RS. Rock e futebol de botão são duas paixões desde a infância (e se puder dar palhetadas ouvindo Led Zeppelin fica time completo).

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marcio_bariviera@mundobotonista.com.br
(055) 99988-6612

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