Entre a dor e a esperança: Como a amizade e a fé me salvaram

Bom dia, boa tarde, boa noite. Sempre escrevo nesse espaço com muita alegria, mas desta vez escrevo extasiado. Há pouco mais de um mês, estava no Cisplatina para treinar e, subitamente, me deu uma febre, seguida de um calafrio, fui embora rapidamente, partindo para o hospital. Após exames de sangue, a médica me diagnosticou com uma dengue leve, segui o protocolo, porém no sábado meu pé amanheceu com uma vermelhidão estranha e com uma pequena bolha, corri ao médico que ratificou que era a dengue. Na segunda-feira, meu pé estava coberto de bolhas, com secreção e inchado. Voltando ao médico, descobri que a coisa estava feia, me diagnosticaram com uma erisipela bolhosa, o que me obrigaria a ficar internado, e o prognóstico inicial era estarrecedor; nos primeiros dias os médicos tentariam evitar a infecção generalizada e a amputação do membro.

Na emergência, não tinha acesso ao celular e havia uma hora para visita, que era dividida entre meia hora de manhã e meia hora à noite. Foram dias tenebrosos, mas também de reflexão, onde repensei na vida, me aproximei de Deus. Já no quarto, além da erisipela, enfrentei um outro problema: a depressão. Sou um cara comunicativo, que me relaciono com as pessoas e me via ali deitado em uma cama de hospital.

Além da minha família, berço de tudo, recebi muito carinho, muito amparo da nossa comunidade, do futebol de mesa. O futebol de mesa faz amigos sim! Não tenho palavras para agradecer as visitas dos amigos, grande Baby, meu diretor Sergio Valente, Cebola, Petha, Bruno Varolli. Agradeço demais à minha equipe por tanto carinho, por me ligar de vídeo no dia do treino, me fazer sentir parte. Agradeço a cada ligação, a cada mensagem de WhatsApp, a cada amigo que deu um jeito de me levar conforto em um momento tão difícil. Não poderia deixar de mencionar o Thiago Lima, por ir à minha casa e, por três horas seguidas cuidar de mim. Ele deixou meu pé praticamente novo.

Francisco Junior ou simplesmente Chico, é um paulista torcedor do Fluminense, jornalista de formação, publicitário de ofício, apaixonado pelo futebol de mesa.  Agente do caos, Chico gosta mesmo é de contar seus causos e desenterrar aquelas histórias que muita gente, se pudesse escolher, preferiria manter bem sepultadas. É ele o responsável por dar toque de humor ao Portal Mundo Botonista toda segunda-feira.

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