Painel do Mundo
Por Alysson Cardinali (25/05/2023)
Ao todo 84 botonistas de 14 estados participaram da competição na capital cearense.
Com um futebol de mesa de altíssimo nível, o Flamengo fez barba, cabelo e bigode na Copa do Brasil (modalidade dadinho) realizada em Fortaleza-CE, no último final de semana (entre 20 e 21 de maio). Em uma finalíssima entre rubro-negros, Wellington conquistou seu segundo título da competição, após derrotar Ronald Neri, por 4 a 3, em duelo emocionante e decidido no detalhe. Na disputa do terceiro lugar da Série Ouro, entre os dois melhores botonistas da primeira fase, Sarti Neto, outro craque do clube da Gávea, fez bonito e venceu Danilo Carrasco (APB-DF), por 2 a 1, pintando o ginásio da Unifametro, na capital cearense, de vermelho e preto.
“O Flamengo possui um grupo forte e unido. Não existe vaidade. Nos ajudamos e crescemos juntos. O Sarti é exemplo de dedicação e merecedor do pódio. Já o Ronald é um estudioso do jogo, que se reinventou, mudando seu estilo”, frisa Wellington, que ergueu a Copa do Brasil de 2017, também em Fortaleza, e ficou feliz com mais um título. “A competição foi muito bem organizada pelo pessoal do Ceará. Foram 84 atletas de 14 estados. Este ano foi mais difícil, pois eu não vinha treinando muito e fez muito calor nos dois dias. Mas joguei com prazer”, acrescentou.
Apesar da tensão na final, diante do atual campeão brasileiro, Wellington destaca o duelo com Luiz Colla (Tupi-MG), nas quartas de final, como o mais difícil em sua caminhada rumo ao título, após a vitória por 3 a 2. “O Colla é um dos maiores da modalidade. Todos os jogos têm sua característica, não existe mais jogo fácil no dadinho”, frisa, enaltecendo, também, o talento de Ronald. “Ele é um grande amigo e nos conhecemos há 20 anos por meio do futmesa — dez só de Flamengo. Nossa final, como sempre, foi um jogo dificílimo. Fazer a final de uma competição nacional é zerar o game”, avalia.
Os melhores da Copa do Brasil Fortaleza 2023: Wellington, Ronald Neri e Sarti Neto (Flamengo); Danilo Carrasco (APB-DF), Luiz Colla (Tupi-MG), Gianluca (Fluminense), Rafael Flor(Zona Sul-RS)
Além do Flamengo, que dominou o pódio da Copa do Brasil, outro clube carioca marcou presença entre os oito primeiros da Série Ouro: o Fluminense, que viu o garoto-prodígio Gianluca, de 16 anos, terminar na sétima colocação. Colla ficou em quinto lugar, Jean Baqui (APB-DF), em sexto, e Rafael Flor (Zona Sul-RS), em oitavo. Na Série Prata, o campeão foi Fábio Batista (Avaí-SC), que levou a melhor sobre André Araújo (Nacional-AM) na final. Na Série Bronze, outro título de um clube do Rio de Janeiro. Cezar Muniz (Olaria) derrotou Hamilton Nunes (Limoeiro-CE), por 2 a 1, e ergueu a taça. Luis Frota (Pombotão-CE) foi o campeão da Série Extra.
Nascido em Nova Friburgo (RJ), mas morando há 30 anos na cidade do Rio de Janeiro, o jornalista esportivo Alysson Cardinali, com passagens pelos jornais O Fluminense, Jornal dos Sports, O Dia e Expresso (Infoglobo), revistas Placar e Invicto, além do canal SporTV, é um apaixonado não só pela profissão, mas pelo futebol de botão. Praticante da modalidade dadinho, Alysson, de 51 anos, é atleta federado, pelo Fluminense Football Club, na Federação de Futebol de Mesa do Rio de Janeiro (Fefumerj) e, além de disputar as competições oficiais pelo Brasil, pretende divulgar o esporte e angariar cada vez mais praticantes para perpetuar o futebol de botão entre as futuras gerações.
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cardinali@mundobotonista.com.br