Todo botonista é um consumidor

“Às vezes a questão não é o que se sabe, mas sim o que não se sabe”

Fernando Fleury

Queridos amigos e amigas apaixonadas pelo futebol de botão, e com muita alegria que venho aqui fazer minha estreia no Mundo Botonista, maior hub de mídia do futebol de mesa atendendo a um convite do seu diretor, Jeferson Carvalho que sentia falta, aqui no portal, de uma coluna dedicada a falar de marketing esportivo à comunidade de adeptos e seus leitores. Eu vou mais além. Sou daqueles que acredita nossa modalidade, como um todo, se ressente por não fazer um melhor uso do seu potencial publicitário e que há espaços importantes que podem ser explorados elevando alcance do nosso esporte na mídia, permitindo atrair dinheiro para o meio e alavancar empresas. Como?

Como? (tenho certeza que vc já deve estar se perguntando aí). Já adianto aos amigos que não pretendo, aqui na coluna Insight, bancar o "pai da matéria", muito menos vender a ideia de que marketing esportivo é algo simples como virar uma chavinha ou apertar o botão certo. Não, não é. Caso contrário não seria uma ciência social envolvendo conhecimentos de diversas áreas humanas. Meu objetivo aqui, como o próprio nome da coluna sugere, é o de apontar caminhos, combinando o futebol de botão com inovação digital e IA, analisando o impacto social das marcas nos grandes eventos e abusando da criatividade.

Um ponto muito importante, hoje em dia, é o uso de plataformas mais flexíveis e interativas para ativação de patrocinadores como os Stories e os Reels do Instagram que são muito bem vistos pela maioria das pessoas diariamente e analisar os dados que mais geram retorno de oportunidade de negócios para ambas as partes, patrocinado e patrocinador.

As propagandas que usam os nomes dos clubes ou os uniformes dos atletas são exemplos de sucesso. O Palmeiras fez isso em 1972 para incentivar a torcida a comparecer aos estádios. Um exemplo: se queremos as mulheres nas arenas de futebol de botão, por que não criarmos o Spotify da Voz Feminina durante as competições mais abrangentes como o Campeonato Brasileiro, a Copa do Brasil e os regionais?

O Patrocínio, na definição de Marc Carroggio (1996), “é uma relação jurídica entre patrocinador e patrocinado, em virtude da qual o primeiro colabora de forma tangível na organização ou celebração de um evento e em contrapartida obtém do segundo facilidades para difundir mensagens favoráveis a um público mais ou menos determinado”.

Podemos ir mais além. A meu ver, patrocínio esportivo é o investimento que uma entidade pública ou privada faz num evento, atleta, grupo de atletas ou entidade esportiva com a finalidade precípua de atingir públicos e mercados específicos, recebendo em contrapartida uma série de vantagens encabeçadas por incremento de share of mind, market share, vendas, promoção e simpatia do público. Prometo ao leitor detalhar estes termos nas minhas próximas crônicas.

Segundo uma listagem da Forbes 1000, as empresas investem em marketing esportivo pelas seguintes razões: 

• Aumentar o reconhecimento da empresa;
• Gerar valor para a marca da empresa, seus produtos e serviços;
• Melhorar a imagem da companhia;
• Demonstrar responsabilidade social;
• Incrementar o reconhecimento de determinados produtos;
• Criar um centro de hospitalidade para a empresa;
• Melhorar a imagem do produto;
• Incrementar o resultado de vendas em curto prazo;
• Incrementar o resultado de vendas a longo prazo;
• Alimentar o orgulho e a motivação dos empregados;
  

Olhando sob a perspectiva do futebol de mesa, como, então, devemos pensar para conseguir potenciais patrocinadores e ativar os mesmos com sucesso? A chave está em entender como pensa este cliente e consumidor. Ou seja, todo consumidor possui necessidades e desejos que podem ser influenciados por última hora para uma decisão de compra. Na hora de comprar um tênis, por exemplo: Qual marca e modelo irei comprar para jogar um campeonato de futebol de botão? Qual o impacto de um atleta comprar um único par de tênis ou um clube inteiro com todos atletas conjuntamente comprarem, de uma única loja, 50 pares de tênis? Talvez isso seja uma ação de gatilho para um aporte financeiro desta loja como patrocinador para a área social de um departamento de futebol de mesa.

Todo atleta almoça? Sim, no restaurante A, B ou C. Todo atleta pede água em seus condomínios? Sim, de galão, de garrafa e de marca ou usam filtros. Importante analisar Todos atletas lavam seus uniformes? Sim, de qual marca?! Todos atletas usam meias? De que modelo e marca?! Todos atletas fazem seguros de veículos? Com qual seguradora e com qual corretora na cidade de seus clubes. Importante trabalhar a fidelidade de produtos e serviços. Todos atletas reservam hoteis em suas viagens aleatoriamente ou se unem e fecham uma hospedagem conjuntamente e solicitam 10% de desconto? Todos atletas vão ao Nutricionista? Possuem Advogados? Possuem planos de saúde? etc?

O que é importante pensar: pensar que todo atleta de futebol de botão é consumidor. E se todos consomem produtos ou serviços, há um mercado infinito de consumo e de potencial a ser explorado. E aí, quer saber mais sobre como engajar empresas e obter patrocínios para seu clube ou federação? Deixe uma mensagem nos comentários abaixo e vamos falar mais sobre isso aqui no Mundo Botonista!

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Mineiro natural de São Lourenço-MG, Breno Borba Marques, é formado em Direito com MBA em Gestão de Esportes e Mestrado em Administração - com enfoque em Marketing Esportivo e comportamento do Consumidor do Esporte. Diretor fundador do Instituto Brazolin, atualmente com cerca de 15 mil crianças nos projetos e epreendedor em 5 Startup, Breno é apaixonado por esportes: pratica natação, crossfit, atletismo, beach tennis, mountain bike e futebol de botão (12 toques), modalidade na qual é atleta federado pelo Tupi F.C. Regra 12 Toques incentivador do esporte desde 2005 e apreciador de uma boa música e de curtir um Sertanejo Raiz.

No Portal Mundo Botonista ele nos dará informações sobre como o marketing pode nos auxiliar no desenvolvimento e expansão do futebol de mesa.

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