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Por José Jorge Farah (15/08/2024)

As diretorias técnicas das regras

Saudações amigos do futebol de mesa. Em um bate-papo com o amigo Jeferson Carvalho, fui alertado por ele sobre a importância dos diretores técnicos das regras, o que me levou a uma reflexão sobre o quão importante são os ocupantes dessa função dentro da Confederação Brasileira de Futebol de Mesa. Independentemente de jogarem ou não as competições regulares, eles devem ter pleno conhecimento das mesmas, e também saber orientar às federações onde acontecem os eventos, principalmente pelas dimensões continentais de nosso país num esporte com falta de investimento. Nem sempre um diretor pode estar presente no evento nacional por diversos fatores, seja por motivos particulares, o momento para se deslocar seja complicado, como também não existir verba suficiente para cobrir a os custos com sua viagem, por exemplo. É de suma importância, porém, que a CBFM tenha seus representantes de cada regra sempre atentos e participantes em seus torneios de abrangência nacional. Cito aqui que a regra 12 toques que teve recentemente um campeonato brasileiro individual disputado na cidade de Londrina-PR e, por absoluta impossibilidade do diretor e do seu adjunto (que respondem pela regra), não puderam estar presentes na principal cidade do norte paranaense, por motivos diversos. A solução foi ambos coordenarem o evento à distância. Por sorte, atualmente, existem facilidades de comunicação oferecidas pela evolução tecnológica. Em outros tempos, tal gerenciamento seria bastante difícil de ser realizado.

Lembro que a presença de um dirigente nos eventos organizados pela confederação é muito importante. Para contornar o inconveniente, os diretores da regra designaram representantes locais para acompanhamento da competição e assim os resultados eram repassados praticamente online aos responsáveis que, mesmo de forma remota, controlavam e apoiavam a mesa diretora da competição. Já houve um tempo — sobre isso posso falar de cátedra — em que o dirigente teve que se deslocar para coordenar algumas competições em diferentes cidades e estados, sem participar do evento e aquele tempo era tudo pago pelo próprio diretor, sejam passagens, alimentação, hospedagem e outros gastos. Atualmente a CBFM, em parceria com as federações, determinou que no regulamento das competições de todas as regras, a federação responsável pela competição deve incluir tais despesas no orçamento do campeonato. Vale ressaltar que esse procedimentos abrange apenas o dirigente, que não pode, por esse motivo, participar da competição como atleta, já que suas despesas estão sendo cobertas para que exerça sua função institucional. Importante mencionar que atualmente as sedes dos eventos respeitam integralmente essa determinação.

Voltando ao tema dos diretores técnicos, ressalto a responsabilidade que os mesmos têm. Entre elas, podemos citar a formatação do calendário completo da regra para o ano vindouro, verificar junto às federações quais delas têm interesse em sediar os torneios nacionais, verificar locais, condições, equipamentos, formalizar ofícios. Após as etapas iniciais de organização, os diretores devem coordenar, em conjunto com a federação sede, as inscrições de atletas, no caso de competições individuais e clubes, no caso de competições por equipes. Eles devem ainda controlar os pagamentos das inscrições. Posteriormente, de posse dos nomes (sejam clubes ou atletas), formatar a competição de modo a atender às datas disponíveis para a sua realização, efetuando a separação de categorias, divisão dos atletas em tabelas, convocação de representantes das regras, para eventuais assembleias de definições da regra, bem como outras necessidades. Após o início das competições, o diretor presente tem que acompanhar os resultados mantendo os atletas informados e procurar manter a disputa sob controle. No final de cada fase, eles informam o que deve acontecer na sequência da competição, até o final do evento, quando eles declaram os campeões.

Sei que tudo parece ser muito lógico e fácil, entretanto, posso garantir a vocês que não o é. A CBFM tem que agradecer aos muitos abnegados que dispendem do seu tempo em prol da manutenção e crescimento do nosso esporte. Eles são muitos, e aproveito a oportunidade dada pelo Mundo Botonista para agradecer àqueles que hoje respondem pelas regras oficiais da CBFM. São eles:
 

- Gabriel Melo na regra 1 toque,
- Marcos Damásio na regra 3 toques,
- Rogério Nunes e Vinicius de Simone na regra 12 toques
- Ronald Neri na regra Dadinho
- Robson Marfa nas Regras Internacionais (e aqueles que o ajudam, Daniel Matos no subbuteo, Marcelo Coutinho no Sectorball e Abel Cêpa no Chapas). 

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José Jorge Farah Neto, gestor desportivo e jornalista, nasceu em São Paulo, capital, presidente da CBFM (desde 2020) e da FPFM (desde 2018), anteriormente ocupou a cadeira da presidência da Federação Paulista de 2007 a 2014. Autor do "Almanaque do Futebol Paulista" de 2000 a 2014, o historiador de futebol de mesa José Farah tem inúmeras contribuições ao futebol de mesa nacional e dentro da plataforma Mundo Botonista escreve sobre gestão esportiva e sobre os bastidores das instâncias que comandam o futebol de mesa no Brasil.
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farah@mundobotonista.com.br

(011) 99944-3000

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