Painel do Mundo
Por Carlos Cláudio Castro (15/04/2023)
Meu amigo Chico Júnior, atleta do Palmeiras, brilhante âncora do programa Botossauros, quadro do Mundo Botonista dedicado a fazer justiça, homenagear aqueles que marcaram a construção do nosso esporte, me abordou essa semana com a seguinte questão: estou pronto para chutar a gol, meu adversário demora uma eternidade para arrumar o goleiro, se eu marcar falta técnica, quando efetuo a cobrança?
A primeira coisa que me vem à mente é o quão difícil é se manter o fair play em um esporte tão competitivo como o nosso e que, na maioria esmagadora dos jogos, não conta com arbitragem. Cada vez mais me convenço da necessidade dos botonistas se conscientizarem da postura cavalheiresca que deve nortear o comportamento de um atleta de futebol de mesa, especificamente na modalidade 12 toques.
Outro detalhe da questão é o constrangimento que pode advir, para quem marca e para quem recebe a punição, da determinação de decisões arbitrais polêmicas de jogo, especialmente as que se referem a abordagens técnico-disciplinares, como é o caso da falta técnica. Mas é direito incontestável, como se afirma no texto de regras.
Voltando ao questionamento do Chico, uma vez marcada a falta técnica na situação supracitada, em decorrência do antijogo previsto no item 106.3 (botonista demora mais que os cinco segundos regulamentares ao posicionar seu goleiro para a defesa), a punição será feita no primeiro momento em que o infrator recuperar a posse de bola, conforme item 102.2.
A cobrança será feita no local em que estiver a bola ou no local onde iria ser reposta em jogo, com 12 toques para o botonista que possui o benefício de tal cobrança. Mas reitero a importância da colaboração dos adeptos da modalidade para o bom andamento dos jogos, uma vez que existe a inviabilidade técnica de um controle mais rígido dos tempos de execução das diversas jogadas características do nosso esporte.
Referências: MODALIDADE BOLA 12 TOQUES
REGRAS OFICIAIS EDIÇÃO MARÇO 2020 – v7
Capítulos XXIII e XXIV
Itens 102.2 e 106.3
O cearense Carlos Cláudio Alencar de Castro é médico neonatologista, adepto do lema “a arte torna a vida suportável”, fanático torcedor do "Vozão" (Ceará Sporting Club) do qual é membro efetivo do conselho deliberativo. Carlos é um estudioso do Futebol de Mesa, membro do Comitê Gestor das Regras 12 Toques da CBFM e responsável direto por levar a modalidade 12 toques para o estado do Ceará.
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