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Painel do Mundo
Por Robson Marfa (19/10/2024)
O futuro do futebol de mesa na América do Sul
Após onze edições do nosso torneio continental, esvaziamento esportivo fica evidente e todos se perguntam: Vale mesmo a pena realizar uma competição nestas condições?
O recente XI Sul-americano de Futebol de Mesa no Chile (Antofagasta) deixa claro a necessidade de uma profunda reflexão sobre o futuro das competições na região. A disparidade entre o Brasil e os demais países sul-americanos se torna evidente, com a Confederação Brasileira de Futebol de Mesa (CBFM) detendo uma estrutura robusta baseada em federações, clubes e um número significativo de atletas. Em contraste, a maioria dos países sul-americanos carece de entidades federativas, restringindo-se a um grupo de entusiastas que mantêm o esporte vivo.
A realização da próxima competição exige uma análise criteriosa do progresso do esporte no Chile e da possibilidade de retorno do grupo de botonistas argentinos que recentemente se licenciaram. Infelizmente, a Confederação Sul-americana de Futebol de Mesa (CSAFM) tem pouca influência sobre esses fatores.
O Brasil, por ser o próximo na rota do rodízio, enfrenta um dilema. Realizar uma competição apenas com brasileiros contraria o propósito original do evento: promover a união e a integração entre os países sul-americanos.
Diante desse cenário desafiador, a CSAFM precisa encontrar soluções para incentivar o desenvolvimento do futebol de mesa em toda a América do Sul. É fundamental investir em programas de formação, apoiar a criação de entidades federativas e fortalecer a estrutura do esporte nos países com menor desenvolvimento. Somente com uma ação coordenada e engajada será possível garantir o futuro do futebol de mesa no continente.
O carioca Robson Marfa, é um profissional dedicado à implantação, liderança e facilitação de processos ágeis. No mundo do futebol de mesa, na condição de atleta, dedica-se às regras 1 Toque e Sectorball, nas quais já conquistou diversos títulos nacionais. Sua atuação como dirigente esportivo também é marcante, tendo sido presidente da CBFM por dois mandatos consecutivos e ocupando o cargo de vice-presidente da regra 1 Toque na FEFUMERJ, além de ser também o presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol de Mesa desde dezembro de 2022.
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