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MUNDO BOTONISTA

Por Márcio Bariviera (25/07/2021)

Quando quebrei o Doutor.

Anos 80... Duvido quem teve uma infância tão bacana como nós, que a tivemos nos anos 80. E já adianto que você nem deve perder o seu tempo em tentar me convencer do contrário.

 

Nos anos 80 tivemos as melhores bandas de rock aqui pelo Brasil, os desenhos animados foram os reis que até hoje não tiveram substitutos, as figurinhas do Ping-Pong, apesar da qualidade dos álbuns de hoje, nunca foram esquecidas, enfim. Aliás, conheço quem se arrependeu de tê-las colocado no lixo depois que arrumou a primeira namorada. Primeira namorada que, logo adiante, foi para o espaço, também.

 

Por falar em desenho animado, levante a mão quem era fã da Caverna do Dragão. Acho que aquele desenho deu início às séries que vemos hoje em streamings. Hoje ainda vemos os desenhos dos anos 80 por aí. A prova de que eles foram os reis você terá, por exemplo, daqui a 10 ou 20 anos, quando não irá mais ver os que são assistidos hoje. Simples assim.

 

Outro produto que teve seu auge nos anos 80 foi a revista Placar. Saudade daquele tempo em que a gente lia uma e não via a hora de chegar a semana seguinte para ler a próxima. E com o “agravante positivo” de que, nela, tínhamos os escudinhos de botões. Eles eram simples, feijão com arroz, mas tinham um valor que somente quem viveu aquele tempo sabe.

 

E numa das edições da Placar veio um Corinthians bem simples, também. Fundo branco, escudo centralizado e o número acima da arte. Eu tinha aquele Corinthians da Gulliver, todo preto, e resolvi fazer um outro, o uniforme B, com o recorte da Placar.

 

O primeiro jogo com ele foi, no já citado várias vezes aqui, assoalho da casa da minha mãe. Um clássico contra o São Paulo. O São Paulo, também da Gulliver, de vermelho, e o Corinthians de branco. O Corinthians vencia por 1-0 e, com o Sócrates, fiz uma assistência perfeita para o Casão finalizar. Quando me posicionei para a finalização, dei com o joelho em cima do Doutor.

 

Adivinhe? Espatifei o Sócrates. Um acidente que jamais será esquecido. Aquela “calça de abrigo” azul marinho, três listras brancas, da Adidas... Foi com ela, já emborrachada nos joelhos, que praticamente triturei o Doutor.

 

A grosso modo, foi como paralisar o jogo para a ambulância entrar em campo e atender o jogador gravemente ferido. Encerrei, ali, a partida. Consegui recuperar o recorte, colocando-o em outro botão. Assim, logo no jogo seguinte, apesar da grave lesão, o Doutor estava de volta. Menos mal. Que bom se o futebol fosse sempre assim...

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O gaúcho de Rodeio Bonito, Marcio Bariviera é gerente administrativo do União Frederiquense, clube que disputa a Série A2 do Gauchão, além de assinar uma coluna semanal no jornal O Alto Uruguai, de Frederico Westphalen-RS. Rock e futebol de botão são duas paixões desde a infância (e se puder dar palhetadas ouvindo Led Zeppelin fica time completo).

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marcio_bariviera@mundobotonista.com.br
(055) 99988-6612

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