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BOTONISTA
Por Quinho Zuccato (27/02/2020)
Raio-X do botão
Caros amigos, nessa terceira coluna vou falar sobre o lado mais complexo do nosso esporte. Medidas gerais do Botão, ou mais precisamente, vamos fazer um raio-x sobre o que é um botão atualmente.
Lá em meados dos anos 90, a maioria dos botonistas faziam times com dois grandes fabricantes, Sr. Lorival de Lima e Sr. Marcelino Toscano. Cada time que se encomendava, quando chegava parecia presente de Natal de tanta felicidade que era ter um time novo. Porém na maioria das vezes, era só pedir as cores, altura e grau do time. Muitos botonistas que começaram nessa época, sabem do que estou falando.
Com o decorrer do tempo, os botões foram melhorando, tanto no material, quanto na variação de certas especificações, que lá atrás, eram detalhes que só os fabricantes sabiam. Cava? Atrito? Furo? Reto em Cima? Com caída? Canto vivo? Antes de descobrir esses detalhes, esses nomes para mim pareciam em outro idioma. Mas em que isso pode influenciar o botonista dos dias atuais? Muita coisa!
Vamos aos exemplos: Tenho um time com grau 23. Está muito leve para essa bolinha que jogamos hoje. O que fazer? Testar um grau menor? Ou aumentar a altura? Ou diminuir o furo? Ou diminuir a cava? Acredito que isso, durante um tempo, deixou os fabricantes loucos! Rsrs. Hoje temos várias opções de poder mudar as medidas "sem mudar" as medidas, se me entendem. Não quer mexer na altura e no grau, mas está muito leve? Diminui o furo, diminui a cava, aumenta o atrito. Mas o grau não está legal? Está leve? Não gosta de time pesado? Então diminui o grau, aumenta o furo, diminui o atrito e por aí vai. São recursos extremamente importantes na atualidade que fazem muito a diferença.
Dificilmente o botonista "acerta de primeira" as medidas, então quando achar um padrão, continue com ele, se não quiser fugir do seu padrão, busque variações dentro do furo, da cava, do atrito, e até do peso! Mas sempre lembrando, cada um tem o seu perfil, não é porque eu jogo com grau 23 que todos têm que achar que é o melhor grau, podendo ter grandes jogadores jogando com esse grau, mas com especificações nos botões totalmente diferentes. Mesmo eu que procuro sempre fazer os times de acordo com o meu perfil, dificilmente mantenho todas as especificações iguais. E são por esses detalhes que amo tanto o nosso esporte!
O Socorrense Marcus Paulo Liparini Zuccato, ou simplesmente Quinho, como é conhecido no meio botonístico, está entre as maiores lendas do futebol de mesa. Campeão mundial, foi talhado para caçar títulos desde garoto, (campeão brasileiro da categoria principal aos 15 anos de idade, um recorde até hoje jamais igualado. Enquanto colunista do Mundo Botonista, a cada semana Quinho divide um pouco do que sabe sobre questões relacionadas à técnica de jogo na modalidade 12 toques.
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