Na Física Quântica, a ciência voltada ao estudo das partículas subatômicas que constituem tudo no universo, existe um fenômeno chamado Entrelaçamento Quântico, que permite que dois ou mais objetos estejam tão ligados que não possam ser descritos separadamente, mesmo que estejam espacialmente afastados por milhões de anos-luz.
Trazendo para o “mundo macro”, tudo se relaciona: a existência, os comportamentos, as ações... E isso de forma contínua e atemporal. A prova disso, por exemplo, são as sensações provocadas por uma obra de arte de tempos remotos em observadores de hoje. Quem não se emociona ao ver a Pietá de Michelangelo?
Com as normas não podia ser diferente. Especificamente para nós, vem a reflexão de como uma alteração das regras do Futebol de Mesa pode impactar na mudança de comportamento técnico/tático no jogo. Sendo ainda mais específico, como a não arrumação geral de botões e goleiros, após tiro de meta decorrente de chute a gol, outra mudança importante que teve a modalidade 12 Toques nos últimos anos, interferiu no modo de jogar dos botonistas? Tenho algumas opiniões sobre isso.
Houve uma disseminação do uso dos chamados “batatões”, botões de defesa mais altos (até 8mm, como permite a regra). Claro que isso pode ser enquadrado como modismo, mas o fato de não participarem mais tanto dos acionamentos de ataque, ficando mais fixos como defensores, encorajou os atletas a tê-los cada vez mais em seus times. E venho até notando, é bem verdade, um crescimento da habilidade em jogar com eles, afinal existem os contra-ataques.
Uma mudança tática importante acontece na arrumação das defesas. Hoje, a disposição dos botões de defesa de ambos os contendores, quando da saída com bola ao centro, é feita já com o pensamento nos contra-ataques adversários, uma vez que não terão oportunidade de arrumação geral de botões em outra ocasião.
Por último, uma constatação menos frequente, o uso de botões de ataque com tamanhos menores. Eu mesmo tenho usado botões com 45 mm de diâmetro. Confesso que não teria tamanha ousadia se eles, atacantes, ainda fossem tão importantes nas armações de defesa, como eram antes nas arrumações gerais no tiro de meta. Talvez o amigo leitor divirja ou até tenha outras observações sobre o que escrevi, afinal, toda ação provoca reação, mexe aqui, mexe acolá...
Referências: Artigo 15, Item 15.3; Artigo 23.