Painel do Mundo

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MUNDO BOTONISTA
Por Quinho Zuccato (05/03/2020)

Começando cedo.

Caros amigos botonistas do Brasil, estou aqui dessa vez pra contar um pouco da minha vida e dos recordes no Futebol de Mesa, a pedido do nosso redator-chefe e grande amigo Carlos Cláudio.

Formamos a equipe do Clube XV de Agosto a partir de 1994. Passando um pouco adiante, este que escreve essa coluna começa a disputar torneios individuais na categoria Adulto com apenas 7 anos de idade. Aí aparece o primeiro recorde. No dia 26 de Outubro de 1996, data do meu aniversário de 9 anos, eu estava jogando pela primeira vez na minha vida um Torneio Aberto na Série Ouro. 

O segundo recorde veio logo em seguida, no ano de 1998. Eu já estava na categoria juvenil, para a qual me transferi em 1997, onde tive contato com futuros grandes amigos, como o pessoal do Círculo Militar (Tico Mico, Vinicius de Simoni, Farinha e outros). Veio o Campeonato Brasileiro de 98. Algo que na época eu nem fazia idéia que existia. Com apenas 10 anos fui o campeão da categoria infantil, que era até os 16 anos. 

Ano seguinte, 1999, veio o Bicampeonato Nacional com apenas 11 anos. Mesmo com pouca idade comecei a ser reconhecido tanto no estado de São Paulo como no Brasil. Comecei a me espelhar em grandes jogadores da época, como Mauro, Jefferson, Laguna, entre outros e imaginando um dia jogar como eles. 

Em 2002, com 14 anos, resolvi me aventurar novamente na categoria adulto, jogando o Brasileiro de Santos. Não lembro muito bem da minha campanha, me lembro de uma grande final onde o Jefferson venceu o Marcel Maia. Época de adolescência, gostava muito de escutar CPM 22, banda de Rock Nacional. Me lembro de uma música chamada "O Mundo dá Voltas" com um trecho que dizia: "Hoje eu tenho que esperar, mas meu dia vai chegar! O Mundo dá Voltas!". 

Isso ficou na minha cabeça até o Brasileiro de 2003 em Blumenau. Estava com 15 anos, fui fazendo meu jogo e passando de fase, cheguei entre os 16 da ouro e pensei: dá pra encarar, cheguei até aqui, agora é relaxar, concentrar e fazer o que eu sei de melhor. Foi tudo muito rápido, me lembro que passei pelo Valbono nas quartas de final, pelo Rogério nas semifinais e veio a grande final. Que momento! Do outro lado, Ednilson, nosso Boi! Magrinho....kkkk. Eu tinha a vantagem do empate, jogo estava 5x5 quando fui chutar ao gol e escutei o toque do relógio. Me lembro de começar a escutar os gritos do pessoal que estava assistindo, aí me toquei e nem chutei. Meu primeiro título nacional! Esse recorde acredito que dificilmente será batido. 

Veio 2004, Brasileiro do Rio de Janeiro e escutava por onde passava: "ganhou porque não pegou os tops, deu sorte. Quero ver fazer de novo!" Então vamos lá! Campeonato com começo ruim, mas fui classificando, terceiro dia, grupo com Mauro, Tadeu, Robertinho, Farinha, entre outros. É agora ou nunca. Me lembro de fazer 19 pontos dos 21 possíveis. Na última rodada ganhei de 11x10 do Robertinho. Vamos para o mata-mata, enfrentar o grande Laguna, e vitória. Semifinal, chute na campainha do Farinha pra classificar pra final. Errou! Vamos pra final mais uma vez, enfrentar o monstro Mauro. Jogo difícil, muitos erros dos dois lados, mas no fim da história, vitória de 4x2 de um "menino" de 16 anos, já bicampeão brasileiro adulto.

A partir desse momento, o gol foi ficando cada vez maior e o goleiro cada vez menor, kkkk. Brincadeira! Essa época foi onde tive o meu "boom" no Futmesa. Cabeça no lugar em momentos decisivos, não sentir a pressão, não desviar o foco, e poder de decisão são as chaves para o sucesso. Tudo que treinei tanto mentalmente quanto na mesa, quase todo dia nessa época, fez com que os resultados aparecessem. Na atualidade é diferente, sei que sou exemplo para muitos, e o que tenho que fazer é sempre procurar algum detalhe ou mudança para que eu possa continuar no nível que estou. Já dizia o famoso filósofo: "chegar no topo é uma coisa, se manter no topo é outra coisa totalmente diferente!" 

Grande abraço a todos! Até o próximo 1t+.
O Socorrense Marcus Paulo Liparini Zuccato, ou simplesmente Quinho, como é conhecido no meio botonístico, está entre as maiores lendas do futebol de mesa. Campeão mundial, foi talhado para caçar títulos desde garoto, (campeão brasileiro da categoria principal aos 15 anos de idade, um recorde até hoje jamais igualado. Enquanto colunista do Mundo Botonista, a cada semana Quinho divide um pouco do que sabe sobre questões relacionadas à técnica de jogo na modalidade 12 toques.
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quinho_zuccato@mundobotonista.com.br
(019) 99285-2374
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