Painel do Mundo
Por Márcio Bariviera (04/07/2021)
Hoje, 4 de julho, é a data que marca a independência dos Estados Unidos. E o que isso tem a ver com o botão_raíz? Calma, a gente chega lá.
Aproveitando, não tem nada a ver com o filme estrelado pelo Tom Cruise. Eu quis apenas fazer uma analogia a qual, sinceramente até o final do texto, não sei se vai dar certo. É apenas o botão-raiz que tá retornando, a coincidência foi boa e, então, resolvi transformar em crônica.
O dia de hoje me lembra aquela partida histórica entre Estados Unidos e Brasil, pela Copa de 1994. Não sei para você, mas para mim foi a partida mais difícil que tivemos naquele Mundial. Final nos pênaltis foi muito menos complicada, até por que tínhamos o Taffarel e eles o Baggio.
Jamais vou esquecer o passe do Romário para o Bebeto colocar a bola de forma cruzada no canto direito do Meola. Está redondamente enganado quem pensa que a bola rolou até o gol. Ela foi deslizando, com sutileza, com carinho. Tanto carinho que, não foi por acaso, na comemoração do gol o Bebeto disse “eu te amo” para o Romário.
Aí tentei refazer aquele jogo na minha mesa de botão, na época o Xalingão. Foi uma partida que me marcou tanto, que acabei transportando para as palhetadas. Eu gostava do Lalas, zagueiro americano. Ele, com aquele estilo rock and roll, com uma espécie de Woodstock na fisionomia, me encantava. Aliás, o meu time dos Estados Unidos tinha um jogador pintado de laranja nas bordas. Sim, era ele, o Lalas.
O meu jogo em nada teve a ver com o ocorrido de verdade, no quase insuportável calor de São Francisco (ou San Francisco como queiram). Eu joguei no frio gaúcho mesmo, com o Xalingão cravado no chão do meu quarto. No placar, um dificílimo 2 a 2. Inclusive o Lalas “Woodstock”, era assim que eu o apelidava, fez um de falta, sem chances para o Taffarel. A bola foi na gaveta, lugar onde nem mesmo Baggio conseguiu colocar.
O Botão-Raiz está de volta, (re) nascida em 4 de julho, com a saudosa nostalgia daqueles bons tempos de futebol de botão.
O gaúcho de Rodeio Bonito, Marcio Bariviera é gerente administrativo do União Frederiquense, clube que disputa a Série A2 do Gauchão, além de assinar uma coluna semanal no jornal O Alto Uruguai, de Frederico Westphalen-RS. Rock e futebol de botão são duas paixões desde a infância (e se puder dar palhetadas ouvindo Led Zeppelin fica time completo).
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