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Por Quinho Zuccato (10/09/2020)
Futebol de Mesa, um esporte de elite?
Saudações, amigos do Mundo Botonista! O tema da coluna dessa semana é mais uma discussão em que talvez nunca tenhamos uma certeza sobre o assunto. Nosso esporte, financeiramente, é de "elite"?
Bom, como todas as outras colunas, vou citar a minha opinião. Nosso esporte NÃO é de elite, longe disso. Assim como qualquer outro esporte, os materiais que usamos evoluem. O botão é um trabalho totalmente artesanal, cada jogador tem sua especificidade e isso tem seu preço. Hoje os times estão caros? Depende do time.
Não adianta querer começar a praticar o esporte achando que o time de 500 reais é melhor que o time de 150 reais. Comece por baixo, para ir pegando gosto pelo esporte. Depois que já se acostumou com uma medida específica, aí mande fazer um time do seu gosto, sempre sabendo que por times novos você vai pagar um valor mais alto, porém, é como qualquer outra compra, você é o primeiro dono do time, portanto, dê valor a isso porque é de suma importância para o seu crescimento dentro do esporte.
Caso não tenha condições, procure no mercado botonístico vendedores de times usados, que tenham algum time com as medidas semelhantes às que você esteja acostumado. Você pode comprar um time mais barato. Após isso, se você quiser um time mais trabalhado, com pin por exemplo, vai custar duas ou três vezes mais que um time "normal ou básico". Aí fica a sugestão: venda seus times que não esteja usando e mande fazer um time de pin.
Todos os materiais do nosso esporte têm o seu preço. Independente de caro ou barato, sempre tem mercado para a inovação, para a modernidade.
Portanto, amigos, não importa o valor real do botão, importa sim o valor que VOCÊ dá ao seu time de botão, isso é o que vale. Por isso temos botões de todos os preços, para que todos possam jogar, independente de suas classes sociais.
Em relação aos valores de inscrições de torneios, tem muita gente que reclama do valor pago, mas sempre está lá. Reclama de pagar 180, 200 reais numa inscrição de Campeonato Brasileiro, onde joga por 4 dias com os melhores do Brasil, mas não reclama de pagar 500, 600 reais em um time de pin. Isso é só um exemplo.
Nosso esporte não é de elite, não. Vemos pessoas de todas as classes sociais jogando, crianças, que não têm condições, sendo ajudadas por outros botonistas, não só com material de jogo, mas com muitas outras coisas da vida particular.
Nosso esporte é único! Por isso amamos tanto o Futebol de Mesa!
Grande abraço a todos!!!!
O Socorrense Marcus Paulo Liparini Zuccato, ou simplesmente Quinho, como é conhecido no meio botonístico, está entre as maiores lendas do futebol de mesa. Campeão mundial, foi talhado para caçar títulos desde garoto, (campeão brasileiro da categoria principal aos 15 anos de idade, um recorde até hoje jamais igualado. Enquanto colunista do Mundo Botonista, a cada semana Quinho divide um pouco do que sabe sobre questões relacionadas à técnica de jogo na modalidade 12 toques.
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