Bom dia, amigos do mundo botonista, todos vocês sabem que a maior dificuldade do nosso esporte é a renovação. Por isso, quando vejo um garoto em qualquer time procuro tratar com o maior respeito, dou a maior atenção, pois eles são o futuro do nosso esporte.
E o conto dessa semana aconteceu na estreia do campeonato paulista de aspirantes, em 2019. O jogo em si já era especial, estávamos defendendo o título conquistado em 2018 e a estreia era frente ao Palmeiras.
Como trabalho em Perdizes e perto do Palmeiras, combinamos de deixar o carro no meu trabalho e irmos caminhando. Nesse momento eu descobri que não era tão perto, fui tomando esporro dos companheiros as 13 quadras que separam a agência onde trabalho do Palmeiras.
Dentro do Palestra, almoçando, vimos em uma mesa o controverso ex presidente Mustafá Contursi. Na hora em que fomos pagar a conta demos de frente com ele, não tive dúvidas em cumprimentá-lo. “Seu Mustafá, boa tarde, o senhor foi o maior presidente do nosso clube”. Todos sabem que não sou palmeirense, nem o Mustafá foi bom presidente.
Jogo rolando e a partida encaminhou-se para a nossa vitória na quarta rodada, foi aí que o capitão do Palmeiras decidiu colocar a molecada para fazer sua estreia, porém o garoto Pepê, filho do Jefferson, não ia fazer a sua estreia. O uniforme ainda não tinha ficado pronto, mesmo assim liberamos o menino para entrar no jogo, jamais vou esquecer o sorriso do garoto.
Ainda fizemos com que a estreia do Pepê fosse contra o Tusurinha, que também estaria estreando. Foi divertido ver os pais Tusura e Jefferson assistindo, e babando, à primeira partida dos filhos. Pior que na última rodada era eu quem enfrentava o Pepê, comemorei com ele seu primeiro gol em um jogo de equipes.
Está certo que nesse dia cometi uma contravenção, já que não pode jogar sem uniforme, mas ganhei um amigo, toda vez que me encontra em torneios por aí, Pepê vem e me dá um abraço. Outro dia o Jefferson me contou que ele deu o nome de Francisco Júnior para seu animalzinho de estimação, um porquinho da Índia. São esses pequenos momentos no futebol de mesa que ficam para sempre