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MUNDO BOTONISTA

Por Marco D´Amore (17/03/2025)

Agora é gol

Ao longo do ano passado, na maioria das minhas crônicas, dissertei sobre os problemas da categoria Sub18, algumas poucas sugestões de melhorias e várias críticas, tentando semear esse ainda árido terreno. Agora é a vez de colher os frutos e falar do que está acontecendo. E tem muita coisa bacana!

Além dos torneios federados, que têm crescido em número de participantes, desde o segundo semestre, estamos ("ninguém faz nada sozinho", conforme já disse em uma crônicas anterior) promovendo eventos também para não-federados, que batizamos de "Circuito AGORA É GOL!". Nosso time conta com ajuda direta dos amigos Marcos Borges, Victor Fiore, Reginaldo, Sérgio Barreira e Pedro Valente, por enquanto. Mas você está, desde já, convidado a embarcar nessa aventura com a gente.

Tal projeto surgiu no fim do ano passado com o Dogão no clube Dalmácia, que, inclusive, teve como um dos idealizadores o colega Ardilhes, que, infelizmente, e tomara de forma passageira, teve que sair da equipe. O circuito passou em dezembro pelo Círculo Militar de São Paulo e o mais recente torneio foi realizado no Sport Club Corinthians Paulista, no início de fevereiro. Infelizmente, em todas essas oportunidades, ainda não conseguimos realizá-los em locais de maior circulação. Todos foram disputados no departamento de futebol de mesa de cada um dos clubes, que são salas fechadas e não dão uma visibilidade tão boa quanto espaços com grande fluxo de pessoas, prejudicando uma maior divulgação, que é um dos nossos principais objetivos. Tal fato ocorreu por diversos motivos, mas o principal é o custo. Por exemplo, só para citar um deles, a federação paulista até pode disponibilizar as mesas e cavaletes, porém o transporte ainda tem um valor alto para que possamos viabilizar tal mobilização.

A ideia de unir federados e não federados tem três principais vantagens: aumenta o quórum — que continua sendo um enorme entrave na categoria —, dá experiência aos novatos ao jogar com uma garotada mais competitiva e, por fim, oferece a eles a oportunidade de conhecer os clubes federados por dentro e ter o gostinho, o aperitivo de como é jogar em certames oficiais. É claro, entretanto, que existem desvantagens. Talvez desanime os que já têm mais rodagem por não enfrentarem adversários à altura, ou, ao mesmo tempo, também desmotive o outro lado da moeda por não obterem bons resultados pelo mesmo motivo.

Porém, por enquanto, o que se pode constatar é o prazer de ambas as partes no que interessa: jogar! Um lado ensinando, o outro aprendendo. Destacam-se a educação dessa geração e a cordialidade entre eles. Foram vividos já grandes momentos de entretenimento e nenhum conflito, discussão ou quaisquer percalços que gerassem constrangimentos. Tudo na paz! Bonito de se ver! A diversão e a competição convivendo em plena harmonia. Já são quase 40 nomes cadastrados desde o início do trabalho, com uma média de 16 participantes em cada campeonato, e tais números só crescem. A ponto da organização antecipar um sonho e projetar, ainda para esse ano, um torneio de equipes. A ideia é fazer 3x3, com três integrantes por equipe. Clubes que tenham apenas um ou dois atletas poderão se juntar com jogadores independentes (de ligas e "garagens") para formar sua equipe. O evento sempre terminará no mesmo dia.

Apesar de o calendário ser muito apertado e haver conflitos de datas com o cronograma da federação paulista – o que complica o agendamento de mais eventos como esses — convocamos todos vocês a entrarem em contato conosco e abrirem as portas de seus clubes e outros espaços, a fim de fazermos juntos com que tal iniciativa cresça cada vez mais e o agora torne-se "AGORA E SEMPRE!"

Biblioteca de "O rei está nu"
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Marco Aurélio D’Amore nasceu em 1975 em Sta. Bárbara d’Oeste, é formado em Engenharia Civil, com pós em Produção, é um eterno entusiasta da Gestão de Projetos. Joga botão desde 1979 e é federado desde 2017, quando foi batizado Marco Butantã em homenagem ao Grêmio de mesmo nome. Ama o “Botonismo”, mas a briga pelo 1º lugar é boa com a Música! “Mil tons” à parte, gosta de missões bem difíceis, como apresentar o contradito e desafiar as obviedades discursivas. Como cronista da coluna "O rei está nu" Marco quer ser a voz de todos aqueles que se preocupam com a renovação do futebol de mesa em todo território nacional - divulgando as melhores iniciativas de reintegração de atletas e formação de novos adeptos.

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damore@mundobotonista.com.br

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