Foi num sábado pela manhã que nossa equipe da categoria Máster iria receber numa rodada pelo campeonato paulista por equipes uma equipe de alto gabarito técnico. Antes do adversário chegar, um dos nossos botonistas de ótimo talento possuía um semblante preocupado. Eu percebendo isso, me aproximei e perguntei se estava tudo bem com ele.
Sua resposta foi insegura ao dizer que sim, mas que estava preocupado com a partida pois na noite anterior teve um sonho estranho onde nossa equipe perdeu de forma humilhante. Então, sorri ao ouvir isso e falei para não se preocupar pois estávamos bem treinados. Ele olhou para mim e falou que sim, mas que tinha tido um amargo pesadelo, isso teve.
Ôpa !! Amargo pesadelo!? Na hora me veio na memória um dos melhores e impactantes filmes de Hollywood do século XX. Trata-se de “Amargo Pesadelo” produção de 1972, dirigido pelo ótimo inglês John Boorman. O que vemos aqui nesta obra prima é a presença de quatro amigos suburbanos que irão num final de semana descer um rio o qual em breve será extinto devido a construção de uma represa, porem, ele possui em seu curso trechos perigosos. Os amigos são: o líder Lewis (Burt Reynolds em sua melhor atuação), Ed (Jon Voight), Drew (Ronny Cox) e o Bobby (Ned Beatty).
Logo no inicio da aventura vemos uma das cenas mais geniais do cinema que é quando o quarteto vai abastecer os carros num vilarejo antes de subir a serra para chegar na nascente do rio. É neste pobre lugar que Drew (Cox) com seu violão no improviso faz um duelo com um menino morador daquele lugar que possui deficiência e tem em suas mãos um banjo. Essa cena é antológica como também aquela que na época do lançamento deste filme foi cortada, quando Bobby (Beatty) é estuprado por um caipira da região.
É neste momento até o destino final, que o quarteto irá passar por situações dramáticas. Com uma fotografia exuberante, “Amargo Pesadelo” é um filmaço imperdível. Pena que ele não esteja disponível nas plataformas de Streaming, mas é fácil de baixar na Internet.