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MUNDO BOTONISTA
 Por Carlos Cláudio Castro (17/04/2020)

Arbitragem e Fair Play. 

Arbitragem e Fair Play.
Quando tomei contato com a modalidade 12 toques, por meio de um antigo texto de regras, li alguns itens relacionados à presença da arbitragem nos jogos. Havia à época apenas três modalidades oficiais: 1 toque ou Regra Baiana, 3 toques ou Regra Carioca e 12 toques ou Regra Paulista. 

Para minha surpresa, quando pesquisei mais a fundo, na internet, sobre Futebol de Mesa, especificamente sobre a Regra Paulista, percebi a ausência de árbitros nas partidas dos campeonatos oficiais. Aquilo me provocou um grande espanto, uma vez vislumbrando a complexidade de lances possíveis no jogo, ainda mais naquele tempo em que a posse de bola não terminava necessariamente após o chute a gol. 

Quando passei a jogar e a frequentar os torneios nacionais, pude ver de perto como funcionava a dinâmica das contendas sem arbitragem. E fiquei ainda mais admirado quando, em conversando com os botonistas mais experientes, eles me disseram que um dos mais importantes motivos para a ausência de árbitros era eliminar as desavenças que aconteciam, além, claro, da dificuldade de se conseguir gente suficiente e disposta para “apitar”, levando-se em conta a grande quantidade de mesas nos grandes eventos.  

O fato é que apenas na 12 toques, entre as três regras oficiais da época, não havia arbitragem nos torneios oficiais. E isso funciona muito bem até hoje, com raras exceções. Logicamente, em estudando mais os regulamentos, entendi que o árbitro estava previsto em algumas situações, seja por determinação da comissão organizadora da competição, seja a pedido dos botonistas, em raríssimas circunstâncias mais tensas ocorridas em certos jogos. 

Eu costumo dizer que Futebol de Mesa é um jogo de cavalheiros e o que se decide na mesa é lei. O que quero dizer, as regras existem, texto com cada vez mais esmero, para nortear o nosso esporte, e pode e deve ser usado para dirimir dúvidas e propiciar um adequado desenrolar dos jogos, isso posto, o que os atletas na mesa decidirem consensualmente como factual, na visualização e interpretação dos lances, tem efeito legal. Acho esse acordo, verdadeiro compromisso prévio de fair play, um grande diferencial de nossa modalidade. 

Referência: Capítulo II: O Árbitro
O cearense Carlos Cláudio Alencar de Castro é médico neonatologista, adepto do lema “ a arte torna a vida suportável”, fanático torcedor do Vozão, estudioso do Futebol de Mesa, membro do Comitê Gestor das Regras 12 Toques da CBFM.
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