Dias atrás um amigo postou em um grupo de WhatsApp o link de uma matéria sobre as dez maiores rivalidades do futebol mundial. Abri e lá estavam elas: Celtic e Rangers , Boca e River , Barcelona e Real Madrid, o Gre-Nal, dentre outras.
Pois, por justiça, coloco aqui a décima primeira: Bangu x Goytacaz. Sim, se aquelas dez do chamado “futebol de verdade” podem ser destacadas, por que não os meus bons e velhos duelos de Bangu e Goytacaz?
Lembro que o Bangu era de acrílico. Aliás, que atire a primeira pedra quem nunca teve um Bangu de acrílico. O Goytacaz era em botões azuis. Acredite quem quiser, ambos fizeram três finais consecutivas dos meus “Cariocões”.
Naquela época a gente tinha mais tempo para jogar botão. Corrigindo: naquela época a gente TINHA tempo. Simples assim. Então, conseguia jogar mais seguidamente vários Gauchões, Cariocões, Paulistões e outros tantos “ões”.
Eu simpatizava com o Bangu (vejam o que Castor de Andrade conseguiu fazer, não é mesmo?). Simpatizava com o Goyta, também. Talvez por causa do Y no lugar do I, sei lá. E esses dois times superaram por três campeonatos seguidos o Flamengo do Zico, o Flu do Romerito e do Assis, o Vasco de Bebeto e Dinamite e o Botafogo do Mauricio e do Josimar.
Teve uma semifinal que o Bangu perdia por 2 a 0 para o Botafogo, mas, na superação, virou para 3 a 2 e foi para a final. Sim, no meu futebol de botão o Botafogo também “botafogueava”. Na final, entretanto, o Goyta foi o campeão. Mas o Bangu foi superior nos outros dois embates e, nessa gostosa rivalidade que criei, o alvi-rubro ficou um degrau acima.
Fica registrada, assim, a minha indignação com a matéria das dez maiores rivalidades do futebol mundial. Pôxa, poderiam ter me consultado! Com certeza mudariam para onze ou tirariam uma das outras dez.
Ao menos no meu futebol de botão, Bangu e Goytacaz não apenas fizeram história de uma bonita rivalidade, mas deixaram uma recordação que ficará marcada para sempre. Tanto que compartilhei aqui, com vocês...