Questionamento enviado pelo botonauta Márcio Cristiam, de Jaboticabal-SP: suponha um lance em que um botonista chuta a gol, a bola bate no goleiro e fica próxima a uma das linhas laterais, o jogador que recebeu o chute aciona um botão e “fura”, a posse de bola volta, então, para o atacante, que também não consegue acertar a bolinha.
A pergunta que se faz: aquele que inicialmente teve o chute contra si, partirá para o segundo toque, coletivo e individual (caso utilize o mesmo botão), ou tem a contagem de toques zeradas?
Quando o desfecho do ataque aconteceu e a bola foi “defendida” pelo goleiro, permanecendo no campo de jogo, e o defensor tentou sem sucesso acertar a bola, o botonista que realizou o chute a gol recuperou o direito aos 12 toques coletivos e teve zerados os toques individuais de todos os seus botões.
Mas algo interessante aconteceu, nenhum dos dois contendores readquiriu a efetiva posse de bola, uma vez que nenhum botão tocou a bola por acionamento. Toda furada é contada como um toque e o fato do adversário também furar em seguida não dará direito ao recomeço de contagem do limite coletivo de toques, nem do limite individual de toques do botão.
Portanto, o defensor já efetuou seu primeiro toque, coletivo e individual do botão, e uma vez que o adversário também furou (também executando seu primeiro toque, coletivo e individual do botão), agora partirá para o segundo toque coletivo e individual (se utilizar o mesmo botão). E a contagem assim prossegue para ambos se continuarem sem acertar a bolinha.
"Navegar é preciso, viver não é preciso", frase que usamos como inspiração para o título da coluna, curiosamente, ao longo da história apresentou interpretações diferentes para “precisar”. Variou entre necessidade e exatidão métrica. No nosso caso, contar é preciso, “furar” não é preciso, os dois significados são perfeitamente simultâneos e corretos. Que beleza é o Futebol de Mesa, alguém discorda?
Referências: MODALIDADE BOLA 12 TOQUES
REGRAS OFICIAIS EDIÇÃO MARÇO 2020 – v7
Artigo 27, Itens 27.1 e 27.2; Artigo 30; Artigo 48.