Painel do Mundo

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MUNDO BOTONISTA
Por Márcio Bariviera (04/10/2020)

Chupa, tecnologia.

Aí a gente pega o celular para olhar a hora e sem perceber está acessando o WhatsApp, olhando rapidamente o SMS da promoção da Magazine Luiza, fuçando as redes sociais para, em seguida, colocar o aparelho no bolso novamente. Depois, somente depois, lembra que fez tudo, menos ter olhado a maldita hora.

Fico imaginando a tua risada aí do outro lado, mas duvido que isso já não tenha ocorrido – e ocorrido por várias vezes – contigo. Não adianta, estamos presos à tecnologia. E para quem pensa que um fato como esse beira à loucura, sinto muito!, louco é quem pensa o contrário.

Dias atrás tirei uma tarde de folga. Uma terça-feira agradabilíssima. Não sou muito fã das terças-feiras (uma hora escreverei sobre isso), mas aquela caiu nas minhas graças. Era uma tarde em que eu poderia dar uma corridinha, “chamar” uma vitamina D através da gostosura daquele sol, mas preferi ficar em casa palhetando sozinho.

Mas o que o celular ali de cima teria a ver com minha agenda daquela terça? Tudo. Absolutamente tudo. Sozinho em casa, desliguei o aparelho e o foco girou 100% em cima do futebol de botão. Eu versus Eu, Marcio contra Marcio. E mais ninguém. Naquela tarde, o mundo giraria apenas entre "Eu, eu mesmo e Irene", mas sem a Irene.

Pensei em apenas deixar o telefone no modo avião para poder cronometrar as partidas que eu iria realizar. Porém, optei em desligá-lo mesmo, off total, e fazer um jogo ao bom e velho “cinco vira, dez termina”. Afinal, teria a tarde toda para me divertir.

Escolhi o Inter e o Grêmio e, diria um antigo vizinho, “me atraquei”. O jogo foi correndo, gol pelo lado vermelho seguido de resposta à altura pela turma de azul. Lá e cá, cá e lá. A tarde foi virando tardinha e um disputadíssimo 7 a 7 teimava em não evoluir. Ao menos no botão um Gre-Nal com bastante gol, divergindo ao extremo com os jogos truncados da realidade.

Foi aí que me dei conta que precisava buscar meu filho e no trajeto pegar minha mulher (que não é a Irene) no trabalho. Parei tudo, liguei o celular e, dentre as 800 mensagens, acredito que havia umas 400 dela. Onde tu estava? Por que desligou o telefone? Vai ter que me explicar e me convencer. E por aí a banda passou...

Resumindo, tomei um xingão “padrão FIFA” e prometi que não desligaria mais o telefone se ousasse a ter uma folga e, nela, jogasse botão. Mas foi divertido mesmo assim. Mandei um “chupa” bem grande para a tecnologia e desliguei do mundo cansativo lá de fora por algumas horas.

Ah, já estava esquecendo: em virtude de ter voltado para casa e priorizado banho e mamá do meu filho, o Gre-Nal ficou no 7 a 7 mesmo, um jogo muito mais atraente do que o Gre-Nal “meia boca” que tivemos, ontem, pelo Brasileirão. Garanto, sem medo de errar, que o meu foi muito melhor. Apesar do xingão...

O gaúcho de Rodeio Bonito, Marcio Bariviera é gerente administrativo do União Frederiquense, clube que disputa a Série A2 do Gauchão, além de assinar uma coluna semanal no jornal O Alto Uruguai, de Frederico Westphalen-RS. Rock e futebol de botão são duas paixões desde a infância (e se puder dar palhetadas ouvindo Led Zeppelin fica time completo).

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marcio_bariviera@mundobotonista.com.br
(055) 99988-6612

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Luke de Held, 57 anos, nascido em Londrina é botonista, guitarrista apaixonado por Rock n Roll, Blues e Beatles. Promotor de Justiça no Paraná, pai do Álamo, da Sofia e da Ana, marido da Vivi, filho da Dona Leonice e do Seu Lucilio. Este paranaense, aparixonado pelos esportes, praticou vários deles, sempre com excelente desempenho e muito foco: Faixa preta de Jiu-jitsu, foi medalhista de bronze no Mundial CBJJE 2009 e campeão Sul-Americano Master 2012 da modalidade. No atletismo sagrou-se tetracampeão paranaense, vice campeão Brasileiro, recordista juvenil e Jr. dos 400m rasos nos anos 80. Torcedor ferrenho do Londrina Esporte Clube, tem como meta ser campeão brasileiro de futebol de mesa, o esporte ao qual se dedica atualmente.
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