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MUNDO BOTONISTA
Por Márcio Bariviera (07/06/2020)

Meu filho vai jogar botão.

Meu filho, o Davi Gabriel, está com nove meses de idade. Logo vai fazer um ano, depois cinco (sim, pulei porque passa muito rápido) e em seguida estará dando umas palhetadas. Aliás, do jeito que essa criançada anda voando, talvez antes.

Aí você pergunta: “peraí, mas e se ele não curtir a ideia?”. Sim, isso poderá ocorrer. Mas estou indo pela lógica de que o Davi vai seguir os passos do pai e estamos conversados. Sendo assim, continuemos abaixo com a questão acima resolvida, tudo bem?

Deixar um legado é minha meta para com ele em se tratando de futebol de botão. Ele será incentivado a ser competitivo. Lógico que tratarei sobre isso com leveza, mas quando me refiro a competitividade é fazer com que jogue torneios, evolua, mantenha o hábito sem pausas. Algo que não consegui fazer e que, torço muito, ele consiga.

Ensinarei a saber perder, também. Não só no futebol de botão, mas na vida. Aliás, perder também é da vida. O que é diferente de ser derrotado. Perder é olhar para o erro e tratar como crescimento, reação, melhoria. Ser derrotado é deixar que o fracasso te abrace e você fique no cantinho, emburrado, esperando pela sorte ou que caia algo do céu. Essa diferença é que vou procurar mostrar a ele. No botão e na vida, reforçando.

Minha retomada ao futebol de mesa muito se deu por causa dele. Não vou ser hipócrita em esconder que a vontade de voltar a dar palhetadas tomou conta de mim e, desta forma, apenas tive o trabalho de unir o útil ao agradável.

Cabe registrar, a avó do Davi já avisou que o bom e velho assoalho está lá, esperando pelos joelhos e cotovelos dele. Acredite em mim, aquele assoalho chega a ser macio. Por sinal, ela foi bem enfática: o Davi terá de jogar no chão mesmo, pois não vai ser aceito o Xalingão. A vovó enfatizou, também, que ele não precisará lustrar o chão como era exigido ao pai. Achei meio que injusto, mas pelo fato de ser meu filho, abri uma exceção e desconsiderei qualquer mágoa.

Mais adiante ele também vai ter um smartphone. Hoje em dia é inevitável e faz parte da roda que anda girando por aí. Porém, volta e meia se desvincular da tecnologia e praticar atividades lúdicas como o futebol de botão também seguirá na pauta. Coleção herdada ele já terá. Aí, barbada, bastará praticar, seja na mesa do pai, seja no assoalho da vovó. E, se for lá, o papai lustra o chão, depois, para ele, sem problema algum...

O gaúcho de Rodeio Bonito, Marcio Bariviera é gerente administrativo do União Frederiquense, clube que disputa a Série A2 do Gauchão, além de assinar uma coluna semanal no jornal O Alto Uruguai, de Frederico Westphalen-RS. Rock e futebol de botão são duas paixões desde a infância (e se puder dar palhetadas ouvindo Led Zeppelin fica time completo).

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marcio_bariviera@mundobotonista.com.br
(055) 99988-6612

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