Painel do Mundo
Por Luiz Oliveira (03/04/2024)
A terceira temporada
Losers está começando e você deve estar aí se perguntando: se é para falar sobre derrota pelo terceiro ano seguido, talvez seja melhor repensar aquilo que você quer do esporte e da vida, não é mesmo? Tendo a concordar em partes. Só que a vida nos apresenta caminhos e cabe a nós aceitarmos novas condições. Por isso, esse ano vou continuar falando sobre a derrota mas, desta vez, por um ângulo diferente.
Minha relação com o futebol de mesa, como o logotipo da coluna Losers, parece invertida. Comecei jogando, mas pouco tempo depois já era membro da diretoria do meu clube e passei a pensar no esporte antes mesmo de cumprir bem as minhas jogadas na mesa. Passei a conhecer jogadores de outros clubes e, de repente, fazia scouts e comentava jogos do campeonato brasileiro.
Agora, antes mesmo de jogar de forma consistente, assumi a responsabilidade de ser capitão e técnico de uma equipe em reformulação. Poderia não ter aceitado a proposta e ter seguido para me desenvolver em clubes mais estruturados para os quais amigos me convidaram. Agradeço demais a todos eles, mas como disse acima, a minha relação com o esporte está invertida desde o início. Sendo assim, continuemos de ponta-cabeça. Talvez o esporte não precise do Luiz como botonista de clubes maiores, mas sim do agente que tente manter um clube vivo.A frase afrontosa do título é só um jargão que, nesse texto, tem caráter de falar sobre alguém trilhando caminhos inversos. Para quem já teve que dar a volta no Maracanã lotado e na contra-mão dos flamenguistas na “final” de campeonato brasileiro, estar no contrafluxo aqui é tarefa menos assustadora. Um dia conto esta história com mais detalhes.
Voltando ao futebol de mesa, é esse o ponto de vista que gostaria de compartilhar com vocês nessa nova sequência de reflexões. Como será a vida de técnico e loser? Quer dizer, jogador, técnico e loser? Ou melhor, diretor, jogador, técnico e loser?
Assuntos e questionamentos não vão faltar em mais um ano dessa coluna, que vem para mostrar o futebol de mesa que poucos querem encarar de frente. Te convido, então, a não perder nenhum texto, pois de perdedor aqui só existe o nome e não perdemos nem a oportunidade de bons ou péssimos trocadilhos.
Luiz Oliveira é jogador de 12 toques e designer, trabalha com tecnologia e se empolga com facilidade ao ver estratégias bem feitas e análises de dados. Palmeirense desde sempre, professor universitário durante sete anos, baixista e DJ por diversão, além de ser um eterno estudante que está sempre atrás de algo novo para se aprofundar.
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