Convido o leitor a usar a imaginação e visualizar uma mesa de jogo com todos os recursos que a tecnologia vigente possa oferecer. Cronômetro com alarme, específico para cada partida, câmeras e microcâmeras distribuídas para vários ângulos, dispositivos eletrônicos na bolinha...
Pensemos também no material humano, uma comissão para analisar vídeos, com pelo menos três componentes, assim o desempate nas análises está assegurado. Lembremos que há pelo menos 40 jogos simultâneos em grandes eventos. Então, 120 pessoas envolvidas só nessa “sala de VAR.”
Surreal, né? Mais gente “assessorando” que jogando. E a bolinha, que já tem seus problemas, com um dispositivo inserido em seu “miolo”? Tempos cronometrados diferentemente em 40 locais diferentes do ginásio, ou lugar semelhante, numa competição em que o tempo é enxuto e todos têm “compromissos” pós jogos.
E se isso for feito só nos jogos finais.? Mas o “tempo enxuto” é o mesmo. Se em algumas mesas o cronômetro funciona separadamente, com paradas nas interpretações de vídeos, para o evento como um todo há aumento do tempo. Quem ficará para prestigiar as finais e até participar das “mesas de arbitragem?”
Então, ao invés de toda essa parafernalha, vamos nos conformar em ter um árbitro “convencional” em cada partida? Em 40, 50 mesas, parece um tanto quanto, ou muito, inviável. Que tal juiz só nos jogos finais? Teremos pessoas com formação específica em arbitragem, sem nenhuma relação clubística, ou mesmo de amizade, com os contendores?
Amigos, Futebol de Mesa é um jogo de cavalheiros, é uma paixão que retrata a infância de cada um de nós, o fair play é princípio de honra, não conheço um campeão brasileiro que chegou ao título de forma antidesportiva. É mérito do nosso Esporte um salão com 50 “arenas”, sem nenhum árbitro.
E você, caro leitor, o que pensa sobre isso? Deixe sua opinião/sugestão nos comentários.