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MUNDO BOTONISTA
Por Carlos Cláudio Castro (17/07/2020)

Não adianta só encostar, tem que mover.

Vamos esmiuçar um pouco a questão do acionamento dos botões, toques e afins. O acionamento é caracterizado pela colocação da palheta sobre o botão, pressionando-o contra a superfície da mesa de jogo. É vetada qualquer interferência direta da mão do botonista no acionamento do botão, incluindo acionamento com a unha;

Considera-se acionado ou toque concluído quando após ter-se colocado a palheta sobre o botão, ele se mover um mínimo visível que seja. Não é considerado toque quando a palheta apenas toca o botão sem que ele se mova, podendo o botonista voltar a acionar esse botão ou outro qualquer.

O botonista que detém a posse de bola tem até cinco segundos entre um acionamento e outro e a bola deve estar parada quando da realização do acionamento. Evidentemente que há situações onde lances mais difíceis demandam um pouco mais de tempo para a estratégia de execução da jogada. Mas não vejo problema, mormente se os outros toques da jogada, mais rápidos, compensarem a demora. O bom senso deve prevalecer sempre. 

Outro ponto importante, em especial para os iniciantes, é que para se concretizar o toque, após o acionamento do botão, a bola tem que se mover um mínimo visível que seja. Caso o botão apenas encoste na bola, sem que esta se mova, terá cometido uma furada. 

Agora o ponto mais polêmico: caso ao palhetar o botão, ele se desloque para trás, será considerado furada, devendo o botonista retirar a palheta do botão e a posse de bola passa ao adversário, como está escrito no Item 25.1. Na verdade isso já parecia óbvio porque está claro que o botão se moveu, portando o toque está concluído, mas no texto atual das regras consta isso de forma explícita. 

A polêmica advém do fato de que poucos botonistas, por questão de constrangimento, sentem-se à vontade para marcar furada nesse caso. Mas trata-se de direito inalienável. Adianto que isso estará na pauta da próxima reunião do Comitê de Regras. É discutível que, ao ter o botão deslocado para trás, haja alguma vantagem para quem executa o toque ou chute. Eu diria que muitas vezes não há benefício para o botonista, uma vez que o botão sai de sua situação de ação prevista. Mas existem circunstâncias em que tal benefício acontece, por exemplo, imaginem um botão muito próximo á bolinha no chute a gol. O deslocamento para trás melhora o posicionamento.

Referências: MODALIDADE BOLA 12 TOQUES
REGRAS OFICIAIS EDIÇÃO MARÇO 2020 – v7
Item 13.3; Artigo 25; Item Item 25.1; Artigo 46.1. 
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