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MUNDO BOTONISTA

Por Erismar Gomes (14/04/2022)

Futebol de mesa é mesmo um esporte tão mental?


Olá meus amigos do fabuloso Mundo Botonista, obrigado por estarem aqui lendo essa humilde coluna.

O tema de hoje é um tanto polêmico para alguns e nem tanto para outros. Vamos dissertar sobre a correlação entre treino, psicologia e performance, um saboroso assunto que rende muitas resenhas. Não tenho aqui a pretensão e cravar um diagnóstico definitivo, e sim apresentar um pensamento. Vocês tirem as suas conclusões. Como diz a letra da música da banda Capital Inicial : " Se não faz sentido, discorde comigo, não é nada demais".


Uma máxima que tenho comigo e que esporte é treino. Sim, o psicológico conta muito também, a facilidade de concentração, a confiança no seu estilo de jogo e principalmente na  finalização, são todos fatores importantes para uma boa performance, mas, sem treino, isso adiantaria para alcançar o topo? para ser um campeão? Se notarmos bem, os grandes ícones de vários esportes foram ou são pessoas e atletas dedicados ao treino.


Pelé, nosso rei do futebol, dedicava-se sozinho a um treino-extra após o treinamento oficial do time. Treinava chutes. Os grandes cobradores de falta da história do nosso futebol como Zico, Nelinho, Dirceu Lopes, Marcelinho Carioca entre tantos outros, tinham em comum horas e horas de treino, para alcançarem aquela performance em suas cobranças muitas vezes perfeitas. Se pensarmos no basquete, o Oscar "Mão santa", era um alucinado por treinamento. Dispensa comentários seus arremessos, assim como a rainha Hortência, e "Magic" Paula - pra ficar só em alguns ícones do nosso esporte nacional.


Voltando ao futebol, hoje não vemos grandes batedores de falta como no passado, por um único motivo - não se treina mais como antes. Os preparadores físicos tem medo que o jogador "estoure" com esses treinos intensos de cobrança de falta. Trazendo para o nosso futebol de Mesa (em particular na modalidade 12 toques) não é difícil concluir ser também verdadeira essa relação entre treino e performance. Todos os grandes ícones do nosso esporte, segundo palavras deles mesmos, encontraram seus ápices e suas maiores conquistas quando estavam se dedicando, e muito, aos treinos.


Tem também quem ache demérito falar que treinou e falaciosamente diz que não treina. Ora, no nível que está o nosso esporte, há algum tempo, é impossível chegar entre os oito melhores de um Campeonato Brasileiro sem a devida dedicação aos treinos. Você pode estar indagando: mas e o fator mental?, o psicológico?, o chamado estado de espírito?


Lógico, amigos, a cabeça é muito importantes. Alguns falam que é a parte mais importante, mas o curioso é quem fala que futebol de mesa é um esporte mental e exige um psicológico forte também treina muito. Estou convencido que não adianta você ser um monge budista, ter uma confiança elevada, pensamento positivo lá em cima se não tiver se dedicado aos treinos técnicos. Por melhor preparado que vc esteja psicologicamente para uma competição, nada adiantará se a finalização não for eficiente. Essa eficiência é adquirida através do treino, não há outro caminho.


Em qualquer esporte - ainda mais num esporte como o nosso de extrema precisão - para se dedicar à alta performance, treinamento é condição "sine qua non". Entendam, não estou aqui desprezando o psicológico, tem sua importância - e muita, mas discordo respeitosamente de quem diz que botão é 70% psicológico e 30% treino, por todos os motivos aqui apontados, penso exatamente o contrário, O único lugar que a inspiração vem antes da transpiração é no dicionário.

E você, o que acha? Aguardo vocês na nossa próxima coluna.

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O corretor de seguros Erismar Ferreira Gomes, 58 é paulista, torcedor do Santos F.C, e um apaixonado pelo futebol de mesa e virtual (no video-game). No Futebol de Mesa tem um rastro indelével tanto no espectro da gestão (tendo sido diretor de departamentos em clubes importantes como Corinthians e Maria Zélia) e presidente da Federação Paulista; quanto na qualidade de atleta - onde ostenta inúmeros títulos, incluindo um bicampeonato Brasileiro por equipes e o título Brasileiro individual em 2005 (ambos na categoria masters). Erismar é uma testemunha privilegiada da história e evolução da regra 12 toques pois não apenas a viu nascer mas participou ativamente da sua história. 

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erismar@mundobotonista.com.br

(011) 99653-1317

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