Olá meus amigos, bom estar de volta e com vocês conversar

Aqui no Mundo Botonista mais um ano juntos pra dialogar

A coluna vai trazer muita coisa boa, pode se preparar

Porque esse espaço no futebol de mesa é o melhor lugar

Mas eu queria começar falando de um assunto um pouco chato

Importante demais e que tem me deixado preocupado

Sei que a carestia está grande, nada mais é barato

Os valores do futebol de mesa estão ficando irreais, coisa para os mais afortunados

Somos um país pobre

A maioria de nós esportistas humildes

Ainda que nosso coração seja nobre

Esse assunto dos altos valores já está na boca de Matilde

Times que chegam a preços de quatro dígitos

Acessórios cada vez mais caros

Coisas que só se de Mansa Muça fóssemos diletos súditos

E, por favor, não me entendam como um jogador avaro

Nada contra os times que tem seus preços elevados

Para aqueles que tem dinheiro e nisso querem investir

Mas os que tem essa condição são os poder aquisitivo mais apurados

São os altos valores obrigatórios que quero aqui discutir

Somos um país com população de maioria de poucas condições financeiras

E todo botonista sonha nos melhores torneios jogar

O futebol das mesas nasceu popular, tem que ter inclusão e não barreiras

Vamos impulsionar essa demanda e esse assunto urgentemente pautar

Tem ainda os gastos com mesas, cavaletes, maletas 

E nunca temos um time só

São muitas as despesas, precisaria de uma caderneta

Espero que nosso esporte não fique muito chique ao ponto de ter que jogar de paletó

É que manter a prática em uma atividade tão onerosa

Ou trazer novos adeptos para nosso esporte

Sendo uma situação que a cada ano fica mais dispendiosa

Pode nos trazer uma péssima sorte

Os potenciais novos jogadores vão se assustar

Migrarão pra uma opção mais viável

Com tanta obrigação de contas a pagar

Poderão ir ainda com mais força para os eletrônicos, o instagramável

Some ainda os gastos com uniforme e taxas de inscrição

Quem se desloca gasta ainda com passagem (ou combustível) e ainda alimentação

Pior ainda se for viajar no a jato avião

Haja papel timbrado ou fazendo gasto no crédito do cartão

Tem diversos outros itens que utilizamos

Limpadores de botão, cera e outros tantos

Precisamos pensar com calma a que ponto chegamos

E ainda tem as caras hospedagens que nos deixam aos prantos

Some a isso as diversas competições ao longo do ano

Campeonatos estaduais e nacionais

O cofre e o “miaeiro” vão minguando

O vil metal tomando conta de tudo etc. e tais

Nem todos são abastados ou tem opção de muito gastar

Os clubes pouco ajudam finaceiramente

A falta de dinheiro está de amargar

Proponho pensarmos melhor no assunto, coletivamente

Confederação, federações e clubes

Botonistas de todo o Brasil

Que esses altos valores nossa união derrube

E possamos jogar nosso futebol de mesa varonil

Sei que é um esporte sério e competitivo

Claro que tem muitas despesas que fazem parte

O desejo é que seja um desporto inclusivo

Vamos juntos levantar esse estandarte?

Peço a todos vocês que pensem com atenção

Refletindo sobre o asssunto dessa coluna

Deus permita que eu tenha essa benção

Que esse debate seja uma ação oportuna

Quanto a mim, todos já sabem demasiado

Sou liso e um pereba que chega dá agonia

Não faço gol nem com o goleiro do adversário deitado

De todos os adversários sou sempre a maior alegria

Biblioteca de "Botão com cordel"
Reler publicações anteriores de Ary Peter

Formado em administração de empresas, também mestre e doutor em administração, Ary Peter nasceu na capital pernambucana em 13/06/1970, em plena campanha do tricampeonato mundial do Brasil no México. Joga as modalidades de Dadinho (a preferida entre as regras federadas), 12 toques e 1 toque, além de vidrilha e leva leva. Mora hoje em Natal onde joga pela Magic Academia de Futebol de Mesa. Está escrevendo um livro sobre Futebol de mesa / botão a partir da ótica do botonista..

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arypeter@mundobotonista.com.br