Em Londrina, neste ano de 2024, mais um exemplo de campeonato, desta vez dentro de um hotel, facilitando a logística dos praticantes e novamente permitindo o foco em jogar. Poucas falhas e, a meu ver, apenas um ponto fraco: a iluminação. Problema resolvido pela esforçada organização, que providenciou que a categoria principal (adulto) iniciasse seus jogos um pouco antes do horário previsto e, com isso, aproveitasse a iluminação natural. O resultado foi o Brasileiro com a maior média de gols já registrada. Só a organização e boas condições de jogo levam a isso? Com certeza não. Esse resultado veio da evolução técnica dos jogadores. Jogadores excelentes e com muita experiência caíram nos primeiros dias e mesmo assim brilharam nas categorias bronze e prata. E o que dizer dos acirrados jogos da série ouro? Muitos placares altos e apertados. Vimos no torneio atletas que não erraram um só chute em vários jogos consecutivos. Algo realmente impressionante.

Tivemos campeões ao longo dos anos que jogaram um futebol de mesa de encher os olhos desde o primeiro dia. E também tivemos quem não teve boa campanha, mas foi classificando dia após dia até que, nas finais, encontrou seu melhor jogo e levantou a taça. Analisando a campanha do atual campeão, Thiago Lima, que venceu seu segundo brasileiro, temos uma ideia do que é necessário para atualmente estar no topo do Brasil. Thiago começou o campeonato classificando em primeiro lugar no seu grupo, invicto, com quatro vitórias e três empates. Na segunda fase classificou em terceiro lugar num grupo muito duro, até porque no segundo dia tivemos grupos com muita qualidade e extremamente difíceis. No terceiro dia, com os quadrangulares, passou em segundo do grupo. Não tinha a melhor campanha e foi simplesmente perfeito nos jogos que seguiram. Chegando na fase mata-mata, com um jogo de absurda precisão, eliminou todos que o enfrentaram. Com erro zero, marcação forte, psicológico inabalável e incrível controle do tempo, tornou sua nova vitória um exemplo. Outro marco na história do nosso esporte.

Marcus Vinícius estava lá outra vez, provando que é um dos melhores atletas em atividade na nossa regra. Ele fez uma final ótima, com apenas um chute perdido, sendo que eliminou o supercampeão Quinho na semifinal. Acabou, assim como aconteceu comigo em 2019, sucumbindo perante a frieza e eficácia do "Tico", em um chute muito parecido. Dois títulos conquistados no sino, sem a vantagem, com um jogo espetacular e porque não dizer... merecido.

Que venha o próximo. Subindo mais o sarrafo. Melhores condições de mesas, bolas, locais e o principal, botonistas de nível ainda mais alto. Fico animado só de imaginar.