Futebol de Mesa, uma terapia.

A pandemia fez com que muitas pessoas mudassem os hábitos, o tempo confinado em casa obrigou cada um a procurar sua terapia, uns abusaram da bebida, outros foram fazer pão, eu mergulhei ainda mais no meu vício, o futebol de mesa.

Descobri que o meu então parceiro de equipe, Nilo, fazia “times de tampas” e comprei alguns. Fui até sua residência buscar e ele me emprestou um Estrelão. Pronto, essa foi minha passagem para uma viagem no túnel do tempo.

Mais para frente, conheci outros fornecedores, como o Argentino, mais times encomendados, mas só isso não bastou, comprei algumas tampas, 120, e eu mesmo fiz 12 times para a minha coleção.

Peguei umas tintas que minha esposa usava, ganhei umas artes do Baby, todas elas do Vitrine do Botão, e aí me diverti. Que higiene mental é isso! Horas e horas me sujando, sujando móveis, tomando bronca da patroa, mas no final, mais 12 times na coleção.

Hoje são 80 times na minha coleção, todos eles brasileiros, aliás, já realizei 4 campeonatos brasileiros, todos eles todos contra todos. Quando fecho a porta do quarto, coloco o Estrelão no chão e faço minhas partidas, exorcizo ali todos os demônios e tomo minhas pílulas para enfrentar as dificuldades do dia a dia. Por isso jogue botão, mesmo que sozinho, futebol de botão é o melhor remédio.