Volta e meia escuto o pessoal comentando sobre as várias regras do futebol de mesa. Que essa é disparada a melhor, que não sei por qual motivo ainda existe aquela, e por aí vai. Inclusive já se comentou - e se comenta bastante - sobre unificar tudo em uma regra só e, enfim, resolver toda essa discussão.
Respeitando as regras e as razões de cada um, vou dar minha humilde opinião: o importante é jogar! Se, para você, bacana mesmo é ralar os joelhos e os cotovelos no chão, rale. Se, para você, o gol mais prazeroso é aquele feito na goleira de plástico das antigas, mande! Se, para você, a melhor bola é aquele botão retirado de uma camisa velha, use ele. Se, para você, ainda é divertido comemorar um gol acavalando os jogadores, comemore desse jeito.
Tenho um conhecido que sofre de depressão e, segundo ele, um dos “remédios” é jogar botão. Sabe como ele joga? Num Xalingão, onde o “cavalete” é uma caixa de isopor. Problema de saúde à parte, neste quesito ele é mais feliz do que uns quantos de nós, pois joga da forma que mais o alegra, em botões simples, com escudinhos amarelados.
A vida é tão curta para ficarmos nos apegando a detalhes... Nos tempos atuais, onde a tecnologia vem atropelando tudo, jogar botão é o que importa. É a nossa sobrevivência nesse mundo louco.
Por fim, que joguemos do nosso jeito: na regra da “Liga Tabajara”, naquela inventada anteontem em casa, enfim. Azar dos joelhos e dos cotovelos, desde que a bola de botão tirada daquela camisa velha entre na gaveta da boa e saudosa goleira de plástico ao estilo Maracanã dos anos 80...