Painel do Mundo
Por Quinho Zuccato (14/07/2021)
Saudações, amigos do Mundo Botonista!
A coluna dessa semana é sobre a recuperação mental após um erro grotesco durante uma partida. Pode existir o botonista completo, mas não existe o botonista perfeito. Todos nós erramos e alguns erros podem ser fatores determinantes para o sucesso ou o fracasso durante um jogo, um torneio ou até um campeonato.
Quem nunca errou aquela bola na meia lua, tendo os dois cantos pra chutar, que seu adversário só coloca o goleiro no gol e te joga toda a responsabilidade, que “atire a primeira pedra”. Isso sempre acontece, e acontece com todos.
É normal após uma grande campanha em um torneio, o botonista lembrar daquele gol decisivo, daquele momento chave para o êxito. Quem sempre está disputando títulos, quando perde, sempre lembra aquele lance que poderia ter sido executado de uma forma diferente.
E no momento em que acontece esse erro "grotesco", nós temos que recuperar a concentração já no próximo ataque. Muitos botonistas perdem totalmente o controle e a concentração com apenas um erro em todo o jogo. Entretanto, se conseguir levar o jogo equilibrado até o final, a pressão pode aumentar para o adversário e a chance de um erro, agora do oponente, normalmente aparece. Cabe a você aproveitar essa falha. Isso é a chave do sucesso.
Uma vez isso aconteceu com um colega de equipe. Ele estava jogando contra um amigo que sei que sente a pressão. Mas, no primeiro tempo, esse adversário não errou nada. No intervalo, meu companheiro de equipe estava perdendo de 4 x 6. Eu o chamei de canto e disse: "A saída é sua, é seu principal ataque. Você não pode deixar ele abrir no placar, se fizer 5 x 6 ele vai sentir, uma hora ele vai errar e vai sair do jogo, aproveita e mata o jogo.”
Dito e feito. O erro veio, apareceu a chance do empate, depois apareceu a chance da virada e meu companheiro de equipe aproveitou as chances. Do outro lado estava o adversário totalmente incrédulo de ter errado quase tudo no segundo tempo. Às vezes, não é uma dica de defesa que faz seu colega recuperar um jogo e sim o estado psicológico, com situações previsíveis, dependendo do adversário. Grande abraço a todos!
O Socorrense Marcus Paulo Liparini Zuccato, ou simplesmente Quinho, como é conhecido no meio botonístico, está entre as maiores lendas do futebol de mesa. Campeão mundial, foi talhado para caçar títulos desde garoto, (campeão brasileiro da categoria principal aos 15 anos de idade, um recorde até hoje jamais igualado. Enquanto colunista do Mundo Botonista, a cada semana Quinho divide um pouco do que sabe sobre questões relacionadas à técnica de jogo na modalidade 12 toques.
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