Nossa! Como foi prazeroso receber o convite do Jeferson para escrever uma coluna no Mundo Botonista. Sou um seguidor daqueles de acompanhar diariamente, curtir, compartilhar os conteúdos, debatê-los, enfim devorar todo esse material que é feito com bastante carinho e zelo sobre o nosso tão querido jogo.
Mas onde eu me encaixaria nesse “Mundo”? Mais uma vez fui brindado por ele com uma coluna com total liberdade para escrever o que quisesse sobre meu amor ao Futebol...de botão.
Eu sou um carioca daqueles cantado pelo Arlindo Cruz, cresci nos anos 80, no subúrbio, jogando bola no paralelepípedo e futebol de botão nos mais diversos estrelões. E num piscar de olhos bem suados, vim parar em New York. E quando penso no título da coluna “Meu mundo e nada mais” já afirmo que será impossível começar a escrever e parar em algum momento.
Pense no seu mundo? O que você falaria dele? Provavelmente deixaria de lado qualquer conquista material, vangloriaria seus amores e afetos. É dessa forma que buscarei relatar aqui todo o meu sentimento pelo futebol.
Sou daqueles que busca estudar e entender todas as modificações que o jogo tem passado nesses últimos 20, 30 anos. Onde o romantismo foi perdendo espaço para o mundo dos negócios.
Da mesma forma que acho o VAR necessário, vejo beleza no gol de mão do Maradona em 86 e no passo para fora da área do Nilton Santos em 62.
Torço pela seleção, mas acredito que perdemos nossa essência desde 2006. Na verdade, acho que o futebol que aprendi a amar se foi no início dos anos 2000.
E os estaduais? Há quem diga que devem acabar. É assim que tratamos de forma justa nossa história? Um clube dito “pequeno” tem uma trajetória muito mais rica que muitos bichos-papões por aí.
Curto clubes equilibrados financeiramente, da mesma forma que curto ver o Seedorf jogando no Botafogo.
Adoro estádios, detesto arenas. Quero ir para o jogo jogar junto, ficar em pé, sem camisa, xingar e não assistir a uma peça de teatro ou a uma ópera onde somente aplausos são permitidos. O que fizeram com o Maracanã foi criminoso. Fui contra a Copa de 2014, 7 a 1 foi pouco, mesmo achando que a Alemanha não fazia uma grande Copa do Mundo até aquele jogo.
E como ainda não falei do Flamengo? Meu Deus do céu! Melhor deixar quieto por enquanto. Esse amor merece um texto só seu.
Gosto do Galvão Bueno, do Silvio Luiz, do Osmar Santos, do Januário de Oliveira, do Nelson Rodrigues, do Mario Filho, do Rui Castro, do Armando Nogueira, do Marcelo Duarte, do Mauro Cesar e do Téo Benjamin. Não consigo assistir uma mesa redonda hoje em dia, o que faz um bom comentarista esportivo?
Coleciono, coleciono e coleciono. Mas só aquilo que de alguma forma fara parte da minha vida. Guardar por guardar não faz sentido algum. Se pudesse iria para o trabalho com camisa de time.
Revista? Tem que ser impressa. Fui forjado lendo Placar e o Jornal do Sports. Como muitos de nós, quem nunca pensou em trabalhar na Placar? Sorte daqueles que realizaram.
Sou fã do Zico, do Garrincha, do Riquelme, do Romário, do Adriano, do Maradona, do Zidane, do Ibrahimovic, do Gerson, do Batistuta, do Mauro Silva, do Juan, do Leandro, e também do Leandro Ávila.
Prefiro chuteira preta, mas tolero as coloridas.
Se não fosse Flamengo, seria Boca. E o lugar do Vasco é na 1ª divisão!
Me esforço para sempre valorizar os feitos do Pelé, acho que ainda podemos fazer muito mais.
Desde que nasci não vi o Palmeiras revelar nenhum grande jogador.
Acho o Neymar uma estrela, não um craque.
Odeio retrancas, não acho o Carille um bom técnico. Joel Santana ao menos tentava fazer gol.
Guardiola faz bem ao futebol que admiro, Renato Gaúcho também.
Queria agora começar a escrever sobre o tema que havia pensado em compartilhar, mas relendo as linhas anteriores acho que já consegui falar um pouco sobre o meu mundo do futebol. Falo demais! Às vezes funciona, outras não. Mas não quero um texto muito extenso, prefiro frases curtas com significados longos.
Vou encerrar por aqui. Mandarei para minha esposa ler e, se aprovado, chegará ao Jeferson.
Ah! Jogo futebol de mesa por aqui desde 2017 e em 2019 junto com meu grande amigo Luis Castello criamos a Play Button Soccer, um projeto, um hobby, uma atividade, mesmo após dois anos não sei definir; mas seguimos com o propósito de divulgar e manter vivo o futebol de botão nos Estados Unidos.
Tocando e puxando a corda!
Grande abraço a todos. Nos reencontramos em 2 semanas.