Painel do Mundo
Por José Carlos Cavalheiro (25/08/2021)
Todos nós, mal ou bem, conhecemos o personagem Peter Pan, que foi criado em 1904 pelo escocês James Mattew Barrie. Peter Pan é um pré-adolescente, com uma idade que gira entre os 12 e os 15 anos e, portanto, com uma personalidade imatura, egocêntrica, egoísta e, algumas vezes, cruel, pois é alguém que faz apenas aquilo que lhe dá vontade, sem qualquer tipo de responsabilidade. Sua capacidade de se manter eternamente jovem pode ser explicada pela exposição a alguma substância mágica oriunda das estrelas ou pelo fato dele nunca se recordar de suas aventuras, o que o impede de aprender com elas, o que o manteria um menino para sempre.
Por analogia, se dá o nome de Síndrome de Peter Pan às manifestações de personalidade de alguns adultos que se comportam como crianças ou adolescentes, sendo incapazes de viver plenamente sua maturidade. Algumas das características dos que sofrem dessa patologia são a atração pela juventude, insegurança e baixa autoestima, necessidade de atenção, mentir e ter sempre alguma desculpa para justificar os seus atos.
Seremos nós botonistas possuidores dessa Síndrome? Entendo que não. Apesar de que algumas das características supracitadas são comuns em nosso meio, a imensa maioria dos praticantes do futebol de mesa são pessoas com responsabilidades familiares e profissionais bem marcadas. Em nosso meio temos país, avós, médicos, enfermeiros, advogados, engenheiros, professores, empresários, funcionários públicos e um sem-fim de outras atividades que fazem com que nossos companheiros assumam grandes responsabilidades diariamente.
O fato de que, de alguma maneira, queiramos manter um vínculo lúdico com nossa infância, por meio do futebol de mesa, não nos transforma em pacientes de um consultório de psicologia. Além do mais, essa ligação afetiva com aquele período de nossas vidas se transformou em esporte competitivo, o que requer um elevado grau de comprometimento, coisa que o possuidor dessa patologia não tem.
Formado em Agronomia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, José Carlos Marques Cavalheiro, nasceu na capital carioca no ano de 1962. Foi atleta de futebol de mesa na modalidade Bola 12 Toques de 1998 a 2005, quando foi viver em diferentes lugares: São Paulo, Paris, Jundiaí e Bogotá, onde atualmente reside. É o responsável pelo site da FEFUMERJ desde dezembro de 2004. Atualmente exerce o cargo de Diretor de Comunicação da entidade.
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