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MUNDO BOTONISTA
Por Erismar Gomes (27/05/2021)

Resolvendo a “espalha brasa”.

Meus  caros amigos, vamos seguir com nossa história. A essa altura, a espinha dorsal da regra 12 toques estava pronta, todo o regimento de posse de bola definido, era o momento de resolver a questão da jogada  que mais causava incômodo na grande maioria dos botonistas, a famosa "espalha brasa", que os queridos leitores  sabem do que se trata, já que abordamos o assunto nessa coluna, logo nos primeiros capítulos.

Havia um  consenso em nossa “equipe de notáveis”, era preciso equacionar essa jogada dentro da regra por se tratar de um jogada lícita advinda de lance não faltoso. Não seria tão simples como  decretar na regra que ela não mais poderia se feita e pronto, não havia o menor sentido nisso.

Após alguns debates sobre o tema, entre os componentes dessa equipe, veio a ideia de que essa jogada deveria ser punida de alguma forma para que fosse inibida, mas como? Que tal inverter? Como assim inverter? A jogada era uma vantagem para seu executor, tudo que temos que fazer é tornar essa jogada uma desvantagem, pensaram. E qual seria essa desvantagem? 

Ao esbarrar em botão adversário, tocando a bolinha primeiro, o botonista teria direito a somente mais 1 toque, perdendo  os toques restantes, tendo que chutar a gol nesse único toque, se for possível, ou seja, se a bola estiver no campo de ataque. Não sendo possível o chute a gol, falta indireta, no local em que foi atingido o botão adversário. 

Mas, era muito rígida e meio confusa tal decisão. Se na saída de bola ao centro, por exemplo, o botonista já deslocar um botão adversário no primeiro toque, perde a posse e gera tiro livre indireto? Ainda não era o caminho. Para não ser tão radical, resolveram que seria de bom tamanho o botonista ter mais 3 toques, caso o seu botão esbarrasse em um botão adversário, acertando primeiro a bola, sendo no terceiro toque obrigatório o chute a gol. 
Assim, a jogada estava sendo punida e seria uma desvantagem para quem a fizesse, tendo somente mais 3 toques e não o complemento dos 12 usuais. 

Mas tem um detalhe, e se tal fato  acontecer no 10º toque? Se o Botonista tem mais 3 toques, ele ultrapassaria os 12. Então, definiu-se que o botonista que fizesse o "espalha brasa" teria mais 3 toques caso essa jogada fosse feita até o 9º toque, já que teria mais 3 de qualquer jeito. Se fosse executada no 10º ou 11º toque teria  somente a continuidade dos toques restantes, sendo no 12º obrigatório o chute a gol.

De volta à mesa de jogo, os testes se mostraram satisfatórios com essa última definição, enfim, estava solucionada a jogada "espalha brasa", deixando limitada e desvantajosa a sua execução, sendo usada só quando inevitável pelas circunstâncias do jogo.

Daqui a 15 dias, mais alguns detalhes de resolução mais simples  na composição da regra  12 toques, o trabalho chegando à sua conclusão. Até lá, amigo leitor!

O corretor de seguros Erismar Ferreira Gomes, 58 é paulista, torcedor do Santos F.C, e um apaixonado pelo futebol de mesa e virtual (no video-game). No Futebol de Mesa tem um rastro indelével tanto no espectro da gestão (tendo sido diretor de departamentos em clubes importantes como Corinthians e Maria Zélia) e presidente da Federação Paulista; quanto na qualidade de atleta - onde ostenta inúmeros títulos, incluindo um bicampeonato Brasileiro por equipes e o título Brasileiro individual em 2005 (ambos na categoria masters). Erismar é uma testemunha privilegiada da história e evolução da regra 12 toques pois não apenas a viu nascer mas participou ativamente da sua história. 

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erismar@mundobotonista.com.br

(011) 99653-1317

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