Painel do Mundo

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MUNDO BOTONISTA
Por Chico Júnior (24/08/2020)

Matamos o Matrix.

Queridos amigos, bom dia!

Hoje escrevo ainda mais feliz, já que essa semana nosso amigo Presida acordou e em breve estará conosco. Vou contar uma história sobre o Matrix, na verdade, sobre o dia que matamos o Matrix em um treino. Para iniciar, peço a permissão para apresentar nosso personagem principal. Matrix foi um botonista de pouco brilho, passou por São Judas e Sete de Setembro sem deixar muitas saudades nas mesas, mas fora delas era um personagem folclórico, sempre cumprimentava todos com um barulhento beijo. 

O problema é que Matrix tinha um hábito não muito saudável de mascar meia. Papai, que chulé de boca tinha nosso amigo, logo que ele chegava os botonistas ficavam espertos. Matrix foi o cara que se envolveu com Drogba, uma profissional do amor, que ganhava seu dinheiro honestamente na Casa da Vovó, um estabelecimento de entretenimento adulto na estrada de Socorro. 

Em Socorro, também uma vez, a galera molhava as palavras no lendário Bar do Maurício. Lá tinha um tio tocando música ao vivo, só que era péssimo, coitado, e nós, como a maioria que lá estava, já nos encontrávamos ligeiramente embriagados. Começamos a aplaudir efusivamente o artista. Matrix então subiu ao palco e fez uma dupla com o artista, cantou Bob Marley, mal também, mas ocasionou o delírio dos amigos que superlotavam a praça. 

Agora, o ponto principal da nossa história. Matrix mantinha algumas aventuras amorosas com o público feminino mais velho. Sim, ele largava o pingo de solda geral nas coroas, sem dó. Falava que elas cheiravam bem, cheiravam a alfazema. 

Um dia, estávamos na garagem do Tubão. Lá era lugar de pelada, o pau comia todas as segundas. Em uma delas, o celular do Matrix insistia em tocar, ele era corretor de seguros, e dos bons, logo não podia desligar o aparelho. Quem o chamava com certa insistência era Verônica, uma senhora de 61 anos que havia dormido no papo do Matrix e se entregado em uma tarde de amor, amarrotando os lençóis de um motelzinho de baixa qualidade no ABC, onde residia nosso amigo. 

Como ele se recusava a atender, eu tomei uma providência:
-Alô
- É o telefone do Marcos?
-É sim senhora, quem está falando?
- É Verônica, uma amiga, posso falar com ele?
- Infelizmente não, minha senhora, aqui é Tenente Francisco, o Marcos se envolveu em um acidente na Rodovia Imigrantes e veio a falecer, a senhora pode vir reconhecer o presunto? 
Após um silêncio, ouvimos o famoso tu tu tu tu tu e pudemos treinar em paz. Matrix, há uns 8 anos, deixou o futebol de mesa para dedicar-se ao fisiculturismo.
Francisco Junior ou simplesmente Chico, é um paulista torcedor do Fluminense, jornalista de formação, publicitário de ofício, apaixonado pelo futebol de mesa, há 12 anos atua pelo Círculo Militar de SP.  Agente do caos, Chico gosta mesmo é de contar seus causos e desenterrar aquelas histórias que muita gente, se pudesse escolher, preferiria manter bem sepultadas. É ele o responsável por dar toque de humor ao Portal Mundo Botonista toda segunda-feira.
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chico_jr@mundobotonista.com.br
(011) 94101-7908

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