Era meu aniversário e ao lado de alguns amigos planejamos uma verdadeira epopeia pela noite paulistana. A primeira parada se deu no karaokê Corcoran, tinha mais de 40 botonistas de diversos clubes diferentes, para se ter uma ideia. Alguns eram casados ou namoravam, o que não era meu caso, já que na época era solteiro. 

Para criar um álibi, falamos todos que haveria um grande churrasco de comemoração, com um torneio de botão. Para o álibi ficar perfeito, fizemos uma reportagem fake do torneio, que teve até premiação, tudo perfeito.

No karaokê, eu e o Pinna arrancamos aplausos ao cantar boate azul, na sequência metemos a dama de vermelho, o videoquê veio abaixo.

Após fechar o estabelecimento, uns guerreiros, cerca de 15, resolvemos esticar , fomos para o Casarão, casa de entretenimento adulto, onde há shows de moças de família. Ao entrar, Denão já estava muito embriagado e lá continuou a beber, e prometer as moças que ia tirá-las daquele lugar. 

Nos divertimos demais, uns se apaixonaram, outros fizeram amor, mas ainda havia a última parada. Íamos comer um podrão no Black Dog, lá o lanche é nervoso e o point, que funciona 24 horas, é famoso como ponto final das baladas paulistas.

Ao chegarem os cinco carros, notamos que algo estava errado, estava faltando alguém. Denão não estava conosco, tentamos ligar para seu celular, que apenas chamava.  

Preocupado, voltamos ao Casarão, que já estava fechando, apenas as moças de família se preparando para deixar o recinto, após um duro dia de trabalho. As tias da limpeza habitavam aquela pocilga, porém ao lado do palco, jogado no chão, abraçado a uma garrafa de Contini, estava Denão, ele tinha dado o famoso “PT” e dormiu ali mesmo no chão, resgatamos o nosso guerreiro e voltamos ao Black Dog, onde parte da galera nos aguardava. Essa noite acabou por volta das 11 horas da manhã de sábado, e pior, havia jogo por equipes.

Espero que tenham gostado, até a semana que vem.