Bom dia, meus amigos do Mundo Botonista, hoje vou contar mais uma história com meu amigo Pudim (que vocês que acompanham a coluna Submundo já tiveram o prazer de conhecer numa crônica anterior). Contarei como ele ganhou seu primeiro time de futebol de mesa.
O ano era 2004, primeiro ano do Cidade Vargas, após o Superliga se desfiliar por desavenças entre o saudoso Tio Edy com o Edu Henrique. Abrimos o clube junto com amigos que saíam, também, do Juventus, que lamentavelmente fechava suas portas.
Cidade Vargas era um clube de bairro, e o melhor, tinha muita criança, e era uma molecada boa que ficava encantada com o Futebol de Mesa. Ao lado do clube fazíamos escolinha para até 15 crianças. Hoje , quando aparecem duas crianças, já é motivo para churrasco. Foi nesse ambiente que conheci o Pudim, que hoje carinhosamente eu chamo de meu menino.
Na época, Pudim tinha 9 anos e media pouco mais de um metro. Por morar perto ele vivia no clube, se dividia entre a sala de futebol de mesa e as quadras de futsal onde se arriscava como goleiro.Um belo dia, entre uma rodada e outra, fomos comprar algo para molhar as palavras e do boteco vimos que na quadra a criançada jogava uma animada pelada, nela Pudim era o goleiro.
Foi aí que eu e, se não me engano, o e o colega VV invadimos a quadra e lancei um desafio ao Pudim: Iria bater 5 pênaltis. Se eu não fizesse 3 gols daria um time de presente a ele, o moleque marrento aceitou o desafio.
Primeira cobrança, caixa, segunda, Pudim fez a defesa, terceiro pênalti, caixa, no quarto fui fazer uma graça e mandei para fora, então chegava a última. Sem medir as consequências e sem lembrar que o goleiro não tinha mais que 9 anos, enchi o pé, a bola explodiu no peito do Pudim, que caiu desfalecido.
Por um momento pensei, agora fedeu, matei o garoto. Fui até a área e Pudim, que estava roxo, abriu o olho e com a voz rouca falou: quero meu time. Dei o time de presente pro garoto e até hoje ele me acompanha, tenho por ele um sentimento de irmão mais velho, moleque do bem, que quase matei com uma pancada, risos...