Painel do Mundo
Por Giovanni Nobile (07/08/2022)
Falo por mim: a sensação que antecede um dia de competição e o que se segue ao longo de uma tarde de sábado, depois de um torneio, sempre traz uma leveza. Dia desses mesmo, eu estava me preparando para a Copa FBFM da modalidade 12 toques, um torneio do calendário da modalidade aqui na Federação Brasiliense de Futebol de Mesa para além das etapas do campeonato brasiliense. Ao longo da semana, preparei a mesa, ensaiei uns chutes... sempre menos do que gostaria, é verdade. Mas eu me concentrei para o torneio.
No dia da competição, organizei meu time e, apelando para o lado lúdico que, para mim, sempre acompanha o lado esportivo, até brinquei colocando no Spotify uns cânticos da torcida do Boca, para ir dando a sensação do estádio lotado.
A caminho da Sede da FBFM, aqui na região central de Brasília, no Complexo Esportivo Cláudio Coutinho, meu Fusca amarelo – transporte oficial do meu time, Águia Branca Futebol de Mesa – seguia conduzindo a equipe para um campeonato que prometia, já que meu desempenho não tinha sido legal na etapa que finalizou o primeiro semestre do ano. Agora, na abertura do semestre, fui mais focado.
Quando o torneio começou, fui percebendo que minha defesa estava bem, marcando e ajudando o time a conquistar pontos preciosos na primeira fase. A média de gols melhorou um tiquinho também, fruto do treino no meio da semana. E assim fui levando, até chegar a uma inédita final de série ouro em torneio federado na minha carreira de botonista. Cheguei a ganhar torneio interno, mas federado, era a primeira vez em uma final. E fui vice. E foi legal demais, mesmo assim.
Saindo dali, almoço. E, depois, no meio da tarde, um belo passeio de bicicleta com minha filha, com direito a café com canela, bolo de cenoura e um copo d’água bem gelada.
Precisamos de mais além disso? Futebol de botão aos sábados, o vento no rosto numa pedalada no fim de tarde e um bolinho de cenoura com chocolate?
Giovanni Nobile é jornalista e fundador do Águia Branca Futebol de Mesa (time que nasceu nas quadras de futsal em Santo Antônio da Platina, no Paraná, fez um jogo em 1997, ganhou, e se orgulha de ser o time há mais tempo invicto no mundo - tudo bem que nunca mais jogou, mas essa é outra história). Seu melhor resultado nas mesas foi um vice-campeonato de etapa na série extra da Liga União, cuja medalhinha tem guardada até hoje. Há mais de 10 anos, vive em Brasília. Por aqui, traz crônicas aos domingos sobre o nosso Mundo Botonista.
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