Painel do Mundo
Por Erismar Gomes (30/09/2021)
Olha nós aqui outra vez! Obrigado, caros leitores, por mais um encontro! Continuando esse capítulo da história da regra 12 toques, nosso assunto no momento são as alterações realizadas em 2005, sendo a principal delas a perda de posse de bola após chute a gol. Por se tratar da alteração mais importante desde a criação da regra, o detalhamento dessa história não coube nas duas colunas anteriores, houve a necessidade de mais essa para completarmos esse importante capítulo.
Como vocês já sabem, a implantação dessas alterações se deu por iniciativa da Federação Paulista de Futebol de Mesa, com a decisão de se jogar todas as competições estaduais aplicando as mudanças, em caráter experimental, na temporada 2005. Nós nos comprometemos, durante aquele ano, a fazer pesquisas desde o 1º evento do ano, o nosso torneio início, até o último, que é, tradicionalmente, o paulista Individual, indagando a todos os participantes, em cada torneio, sobre essa nova forma de jogar botão. No 4º evento do ano, o terceiro torneio aberto, já contávamos com 96% de aprovação. A média de participantes dos torneios abertos naquele ano passava de 100 botonistas.
Nesta época, já tínhamos a internet e a novidade espalhou-se pelo Brasil, botonistas de todo país começaram a experimentar a novidade em amistosos e torneios diversos. Houve uma aprovação majoritária, a ponto das federações combinarem que o brasileiro de 2005, em Curitiba, já seria jogado nesses moldes, coisa que não estava prevista, na verdade, a regra só estava implantada oficialmente em São Paulo.
Na ocasião do brasileiro, durante o congresso técnico, colocamos para aprovação das federações a alteração em caráter definitivo, tal qual a proposta já praticada em SP. Eu estava lá representando a FPFM, começamos a explicar a ideia e os motivos que fizeram adotarmos nas competições oficiais em SP, deixamos claro que nosso objetivo não era atropelar nem a CBFM, nem as federações co-irmãs, por isso o caráter experimental. A aprovação se deu por unanimidade, além disso, esse ousado passo foi o estímulo inicial para se criar uma norma para alterações da regra, a partir daquele momento, proposta de alteração primeiro passaria por um comitê de regras da CBFM, que estudaria e analisaria a possibilidade, só então, depois da aprovação desse comitê, seria submetida ao crivo das federações.
Até então, apesar da regra ser nacional, não havia nenhuma deliberação nesse sentido, a CBFM, na prática, ainda não havia assumido a responsabilidade de tutora da regra. Vejam bem, amigos, essas alterações na regra, em 2005 , já descritas anteriormente, foram um marco não só do modo de se jogar, como também um passo importante para que a CBFM assumisse de fato e de direito as diretrizes da regra 12 toques, afinal, sendo uma regra nacional, é dela essa missão.
Na próxima coluna, vamos avançar em nossa história da regra 12 toques, estejam presentes. É daqui a 15 dias.
O corretor de seguros Erismar Ferreira Gomes, 58 é paulista, torcedor do Santos F.C, e um apaixonado pelo futebol de mesa e virtual (no video-game). No Futebol de Mesa tem um rastro indelével tanto no espectro da gestão (tendo sido diretor de departamentos em clubes importantes como Corinthians e Maria Zélia) e presidente da Federação Paulista; quanto na qualidade de atleta - onde ostenta inúmeros títulos, incluindo um bicampeonato Brasileiro por equipes e o título Brasileiro individual em 2005 (ambos na categoria masters). Erismar é uma testemunha privilegiada da história e evolução da regra 12 toques pois não apenas a viu nascer mas participou ativamente da sua história.
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