Bola no canto, próxima à marca de escanteio, no ataque do botonista que acaba de efetuar um chute a gol. Lance de difícil acesso para quem se defendeu e agora tem a posse de bola?
Tudo é relativo. Pelo menos em Física é. Acho que em tudo é, tudo é questão de referencial, as circunstâncias definem conceitos e consequências. Nosso amado Futebol de Mesa não foge à regra.
Vamos pensar nas seguintes possibilidades para o chute acima mencionado, com a bola parando próxima ao quarto de círculo de escanteio:
A) Bolinha bateu na trave antes do desfecho acima descrito.
B) Bolinha foi direta para o escanteio sem passar sequer pela grande área.
O Artigo 73 discorre sobre a concretização do chute a gol. Para uma bola que permaneça no campo de jogo após o chute, o chute é considerado efetivo quando a bolinha impulsionada pelo botão executante, pelo menos, alcançar a pequena área adversária.
O Item 98.10, por sua vez, explicita que é passível de penalização com tiro livre indireto “a não execução de chute a gol até a finalização do limite coletivo de toques (12 ou 3), sendo cobrado onde a bola, que esteja em jogo, parou após o último toque.”
Assim sendo, amigos, duas situações aparentemente idênticas têm soluções completamente diferentes. No caso “A” segue o jogo normalmente, com o botonista, que agora detém a posse bola, tendo que buscar a bola de onde se encontram seus botões. No caso “B” a coisa fica mais “tranquila”, afinal ele tem falta a favor, pode deslocar um botão para a cobrança.
MODALIDADE BOLA 12 TOQUES
REGRAS OFICIAIS EDIÇÃO MARÇO 2020 – v7: Artigo 73; Item 98.10.