Painel do Mundo
Antes de iniciar, gostaria de agradecer a todas as mensagens, comentários e palavras enviadas, foi muito legal receber esse retorno extremamente positivo.
Hoje quero escrever sobre um tópico que tinha planejado para ser o primeiro texto, gostaria de falar rapidamente sobre os anos áureos do Cosmos e, resumidamente, sobre a sua história. Moro em NY desde 2013, acompanho o eterno desenvolvimento do “Soccer” por aqui, mas sendo brasileiro, acredito que sempre que pensamos no futebol nos Estados Unidos, a primeira lembrança sempre será o New York Cosmos, ou talvez a Copa de 1994, aquele jogo contra a seleção local em pleno 4 de julho (Dia da Independencia dos EUA) é inesquecível, tópico para uma outra resenha.
Trajetória:
Numa linha do tempo, o time foi fundado em 1970, considerado fraco até a chegada do Rei do Futebol. Batizado de Cosmos, referenciando “Cosmopolitans”, teve como cores iniciais o verde e o amarelo, outra referência, dessa vez ao escrete canarinho, tri-campeão mundial em 1970, meses antes da fundação do time.
Viveu seus tempos áureos entre 1975 e 1977, conquistou 5 titulos nacionais (1972, 1977, 1978, 1980 e 1982). Agonizou junto com a Liga Nacional, até ser extinto em 1985. A aposentadoria de Pelé, em 1977, marcou o início do seu declínio. A grande popularidade do jogo foi perdendo força , o público foi se afastando dos jogos, bem como o interesse da mídia.
Recriado em 2010 para jogar a “2ª divisão” norte-americana (NASL), encerrou novamente suas atividades no início desse ano, devido à pandemia.
Existe um documentário interessantíssimo que conta a história do time: “Once in a Lifetime -The Extraordinary Story of The New York Cosmos”. Vale muito a pena assistir.
Tempos de Glória:
Fazendo um recorte entre 1975 e 1977, o Cosmos teve 3 anos de muita fama e sucesso. Além de Pelé, o elenco contava com outros grandes craques mundiais, o alemão Franz Beckenbauer, o italiano Chinaglia (maior artilheiro do time, com 193 gols em 213 partidas), o eterno “Capita” Carlos Alberto Torres e, até mesmo, Johan Cruyff, que só fez um único jogo, em 1978, Cosmos x Seleção de jogadores que disputaram a Copa da Argentina. Foi um jogaço! No final, 2 a 2, com um belíssimo gol de Chinaglia e uma das maiores exibições de Cruyff.
Tenho
na minha coleção de botões de vidrilha um “All-Star Team”, que se reunido seria um verdadeiro esquadrão, mesmo jogando debaixo de neve.
Despedida do Rei:
Pelé despediu-se do futebol num jogo festivo contra o Santos,em 1977. Ele atuou um tempo em cada equipe e marcou um dos gols da vitória do Cosmos por 2 a 1. Uma grande lembrança desse jogo foi o beijo de Pelé em Muhammad Ali, essa foto tornou-se famosa mundialmente e tenho a sorte de tê-la autografada pelo Rei.
Alternando bons e maus momentos, podemos considerar o NY Cosmos um time que escreveu seu nome na história do futebol. O único clube, além do Santos, em que o Rei jogou profissionalmente. Ainda é possível encontrarmos muitos torcedores e torcidas organizadas do New York Cosmos. Mesmo com o crescimento da MLS e do NYCFC, a história do Cosmos mantém-se viva. “If I can make it there, I'll make it anywhere. It's up to you, New York, New York”
Um grande abraço! Reencontramo-nos em duas semanas. Tocando e puxando a corda!