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Por Chico Júnior (12/10/2020)
Derrotando o ídolo.
Bom dia, amigos, a história que vou contar aconteceu em São Paulo, ano de 2010, Campeonato Brasileiro, um torneio do qual quase não participei. Primeiro, não tinha ranking, estava em 11º na lista de espera, tinha até desistido e marcado com minha namorada, hoje minha esposa, uma viagem a Peruíbe, cidade onde reside sua mãe.
Estávamos jantando e já combinando os detalhes da viagem quando tocou meu celular, do outro lado era o Farah, dizendo que havia surgido uma vaga e perguntando se eu tinha interesse. Pronto, cancelada a viagem, aguentei aquele bico da esposa, que foi sozinha, mas tava nem aí, jogaria mais um Brasileiro.
No dia, mais um susto, saí com tranquilidade e antecedência, mas ao entrar no metrô ouço a mensagem: “devido a uma falha na estação Jabaquara, os trens estão circulando com velocidade reduzida e maior intervalo de parada”. Após uma maratona, desci no metrô Consolação e fiz uma descoberta que não estava nos meus planos, a estação não era assim tão perto do Lorena Flat, local onde se realizaria o evento.
Oito quadras depois e 10 minutos antes do início chego eu cansado e suado ao hotel. Checando o muro onde estavam as tabelas, vejo que logo na estreia enfrentaria nada mais nada menos que Mauro Michilin, meu maior ídolo no esporte, para mim o maior de todos, o Pelé do nosso esporte. A primeira vez que enfrentei o Mauro foi na segunda fase de um Torneio Integração, tremia igual a vara verde.
Bom, enfim, começou a partida e já na saída fiz merda, entregando a bolinha, logo tomei um a zero, mas fui me acalmando, a bola foi entrando e a hora que percebi estava 4 x 4. Dei a saída já pensando no ótimo resultado que seria um empate, mas pasmem, fiz o quinto gol.
Mauro deu a saída rapidamente e pediu pro gol, quando soou a campainha, nesse momento se aproximou meu grande amigo Babysauro, que já chegou me perguntando: “perdeu de quanto, Chico?” Eu, prontamente, antes do chute do Mauro, respondi, "não perdi não, Baby, vou empatar com o maior de todos, na estreia". Mauro me olhou, deu um sorriso amarelo e chutou na trave, vitória, a minha maior no esporte, 5 x 4. Os fatos mostraram que o resto da minha campanha foi péssima, pior para os fatos.
Francisco Junior ou simplesmente Chico, é um paulista torcedor do Fluminense, jornalista de formação, publicitário de ofício, apaixonado pelo futebol de mesa, há 12 anos atua pelo Círculo Militar de SP. Agente do caos, Chico gosta mesmo é de contar seus causos e desenterrar aquelas histórias que muita gente, se pudesse escolher, preferiria manter bem sepultadas. É ele o responsável por dar toque de humor ao Portal Mundo Botonista toda segunda-feira.
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(011) 94101-7908
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